"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

GUSTAVO LOYOLA: "CRESCIMENTO DE VERDADE SÓ EM 2017"

         


O economista Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central, traça um quadro nada promissor para o país.
Diz que, independentemente de quem vencer as eleições, a economia só voltará a crescer de forma mais consistente em 2017, a inflação média anual dos dois próximos anos deverá ficar em 6,3%, o dólar chegará a R$ 2,60 já no ano que vem e a taxa básica de juros (Selic) será elevada até 12,25% ao longo de 2015.

Professor da Universidade Columbia, em Nova York, o economista Marcos Buscaglia, analista do Bank of America Merrill Lynch, não se surpreende com as fragilidades da economia brasileira. No entender de Buscaglia, nos últimos quatro anos, o Brasil ficou menos competitivo e se distanciou dos eixos mais dinâmicos de inovação e produção do mundo. Pior, diz ele:

“Nesse período, conjugou inflação alta, crescimento medíocre e excesso de estatismo, ou seja, intervenção na economia”. Sendo assim, avalia, o próximo presidente da República, independentemente de quem seja o vencedor, terá que trabalhar por um Brasil ágil, resiliente e conectado.

“Terá ainda de manter uma sólida disciplina fiscal, mais transparência nas contas públicas, além de redimensionar o papel e tamanho do Estado para manter o grau de investimento (país seguro para o capital)”, assinala.

02 de outubro de 2014
Vicente Nunes
Correio Braziliense

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