O economista Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central, traça um quadro nada promissor para o país.
Diz que, independentemente de quem vencer as eleições, a economia só voltará a crescer de forma mais consistente em 2017, a inflação média anual dos dois próximos anos deverá ficar em 6,3%, o dólar chegará a R$ 2,60 já no ano que vem e a taxa básica de juros (Selic) será elevada até 12,25% ao longo de 2015.
Professor da Universidade Columbia, em Nova York, o economista Marcos Buscaglia, analista do Bank of America Merrill Lynch, não se surpreende com as fragilidades da economia brasileira. No entender de Buscaglia, nos últimos quatro anos, o Brasil ficou menos competitivo e se distanciou dos eixos mais dinâmicos de inovação e produção do mundo. Pior, diz ele:
“Nesse período, conjugou inflação alta, crescimento medíocre e excesso de estatismo, ou seja, intervenção na economia”. Sendo assim, avalia, o próximo presidente da República, independentemente de quem seja o vencedor, terá que trabalhar por um Brasil ágil, resiliente e conectado.
“Terá ainda de manter uma sólida disciplina fiscal, mais transparência nas contas públicas, além de redimensionar o papel e tamanho do Estado para manter o grau de investimento (país seguro para o capital)”, assinala.
02 de outubro de 2014
Vicente Nunes
Correio Braziliense
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