Por que Marina Silva não assume que é contra o modelo atual do pré-sal? Para não perder votos no Rio de Janeiro e entre os ambientalistas?
https://www.youtube.com/watch?v=yFDEHn0SV8M&feature=player_embedded
Em entrevista ao Roda Viva, em 2009, Marina Silva foi muito clara em manifestar a sua opinião sobre o pré-sal: não é prioridade, é energia fóssil e não deve ser o futuro das fontes de energia para o país. Mas esta não foi a sua única manifestação.
Ao UOL, ela deu uma entrevista, em junho de 2010, com o mesmo teor, mas manifestando a sua contrariedade quanto ao modelo de partilha dos royalties e a falta de cálculo dos custos ambientais, citando o desastre ecológico do Golfo do México.
Neste vídeo, em entrevista para a TV Cultura, Marina manifesta claramente que é contra o modelo de distribuição dos royalties, que, segundo ela, "não foi o melhor", pois a distribuição deveria ser "equânime" entre todos os estados.
Além disso, Marina, em entrevista a Rádio CBN, em maio de 2010, propôs usar os royalties da exploração de petróleo na camada do pré-sal para manter a Previdência Social nas próximas décadas. Na oportunidade, reafirmou que a distribuição dos royalties não deve ficar apenas com os estados produtores. “Os produtores devem ser valorizados, mas riquezas devem ser compartilhadas por todo o país”.
Outra declaração tipicamente marinista dada em viagem ao Tocantins, dizendo que o pré-sal deve contribuir para o fim do pré-sal: “Temos que sair do mal necessário para o bem desejável, que são as energias limpas, renováveis, seguras. Vamos ter que sair da idade dos combustíveis fósseis não por falta deles, é porque temos que produzir a energia do século 21, a energia da crise ambiental global que pode destruir o planeta”.
Por fim, já em outubro de 2013, Marina Silva deixou claro sobre como irá frear o desenvolvimento do pré-sal, da mesma forma que freou o desenvolvimento energético e do agronegócio quando foi ministra: pelo travamento do licenciamento ambiental. Disse ela ao Roda Viva:
“As empresas vão começar a operar sem os devidos requerimentos para evitar desastres”, afirmou Marina, lembrando do grande vazamento de óleo ocorrido no Golfo do México em 2010. Previsto pela Lei 9.966, de 2000, o Plano Nacional de Contingência (PNC) ainda está sob avaliação da Presidência da República, de acordo com o Ministério de Minas e Energia.
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