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https://www.youtube.com/watch?v=Y8XAdypy8CU&feature=player_embedded
As famosas 6 vigas da Perimetral (RJ) que “desapareceram” de um depósito no Caju, podem nem ter chegado lá.
Não é uma teoria absurda se lembrarmos de um esquema muito comum praticado desde que os governantes perceberam como obter lucro com obras (muitas desnecessárias) públicas.
Em síntese, o grande esquemão funciona assim:
- o contrato da obra é superfaturado antes do início da mesma, no momento da assinatura do acordo. Aí já estão definidas as parcelas que caberão a cada signatário. Mais uns trocados para os capatazes, motoristas, vigias e fiscais. O bando a ser alimentado é grande. Por isto os valores são triplicados.
Supondo que para cimentar as bases de 500 colunas de um viaduto sejam necessárias 300 viagens de caminhões de cimento, são especificadas 600 viagens. Somente os engenheiros são capazes de efetuar os cálculos corretos. Portanto, nenhum jornalista vai contestar tal planilha. E o fiscal já está “convencido”.
Supondo que cada um dos 10 caminhões contratados consigam fazer 5 viagens por dia, nos mapas são lançadas 10 chegadas dos veículos. Uma proeza de encantar qualquer técnico de trânsito que estuda o caos nosso de cada dia.
Na retirada de entulhos o esquema é similar. Se bastam 50 viagens para limpar o canteiro de obras, são registradas 100 viagens. E grande parte deste material ainda é aproveitada para obras na residência de um figurão que possui casa numa aprazível área turística.
Já deu para perceber as dezenas de artimanhas montadas para elevar custos (que pagaremos sem chiar) e engordar as contas bancárias dos malandros.
Então a suposição abaixo tem boas possibilidades de ter acontecido.
Nas viagens (ao longo do dia, à vista de todos) para transferir as vigas da Perimetral (RJ) para um depósito no Caju, a cada 50 viagens, uma era desviada para outro endereço tomando-se o cuidado de efetuar a “chegada” da peça ao local definido no documento oficial.
Portanto, elas não sumiram furtivamente nas madrugadas sem a luz do luar.
Por isto nada foi detectado nas “imagens” de datas onde nada aconteceu.
Se Holdini não deixou nenhum aluno aqui para sumir com artefatos em seus números de mágicas, tente nos fornecer mais uma hipótese para a “evaporação” de tais peças numa época em que satélites encontram chaveiros no deserto.
30 de março de 2014
Haroldo P. Barboza, Professor e Escritor, é Autor do livro: Brinque e cresça feliz.
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