O país está à beira de um ataque de nervos! O cidadão dotado de um mínimo de consciência está tomado há cerca de três anos, por uma apreensão perturbadora.
Não que os problemas relacionados, tanto com o melancólico ambiente político, impregnado de corrupção e de luta desenfreada pelo poder, como com a economia, conduzida com inquietante incompetência, sejam novos. Sempre existiram.
Mas o Brasil, ao longo de sua frágil democracia republicana, parecia possuir meios de manter os atos de lesa-pátria sob um certo controle, seja por uma justiça que funcionava mesmo que espasmodicamente, como pelo próprio constrangimento de que alguns dos executores eram tomados quando descobertos ou reconhecidos como incapazes.
De pouco tempo para cá, no entanto, o pragmatismo e os apegos aos cargos passaram a ser praticados numa taxa inédita, havendo a probabilidade de que o sistema, como um todo venha a se instabilizar, tal qual descarrilamento de um trem com velocidade descontrolada.
Para onde se olha há espanto: suprema Corte, face-dupla, mudando vereditos já decididos, a fim de aliviar penas de meliantes políticos aliados, negociadores de votos no Congresso; transações mal explicadas envolvendo compra de refinaria sucateada, que condenam a empresa que um dia foi o orgulho do povo brasileiro a um derretimento inexorável; política externa autofágica, sem posicionamentos definidos, acolhendo e apoiando aliados equivocados que impedem o crescimento comercial ; falência dos serviços públicos e infraestrutura, simultaneamente a financiamento de porto em país estrangeiro por motivos ideológicos.
Estas são somente algumas entre muitas aberrações.
Com a proximidade das eleições que prometem ser as mais disputadas dos últimos tempos, é previsível uma atmosfera de superlativo vale-tudo, sem falar no que nos espera depois da carnificina eleitoral.
Quem puder ir para altitudes seguras que se prepare porque o tsunami pode ser destruidor.
30 de março de 2014
Paulo Roberto Gotaç
Paulo Roberto Gotaç
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