O rebaixamento do Brasil tem uma causa única: os políticos, seja no Executivo, seja no Legislativo. E também no Judiciário, por aqueles que querem entrar na política, como um ex-presidente da OAB, que adora uma fanfarronada. E um holofote! São figuras que não se preocupam com o futuro do Brasil, com o exemplo, a decência e a probidade. São os que só se pensam no proveito, em detrimento do princípio, pois só miram no poder a qualquer custo, mesmo da ética e da moral, individuais e públicas.
No Legislativo, vivem de conchavos, desfaçatezes, falsidades, conversas ao pé do ouvido, cabalando cargos, que permitam manobras escusas para obter recursos para a próxima campanha eleitoral, cujas sobras sempre serão bem-vindas para os seus patrimônios pessoais, sejam casas, rádios, TVs, fazendas, bois, rãs....
Só pode ser bom, pois, como disse Darcy Ribeiro, “o Senado é o paraíso, e nem é preciso morrer para chegar a ele”. Perguntem ao Sarney e sua famiglia, sempre bem servidos no Sírio e Libanês, cujos médicos – pasmem - até falam português!!!!, ao Renan e Barbalho, cujos filhos já querem ser governadores, pulando etapas, e outros, muitos outros, de um rol do qual pouquíssimos se salvam. Não estão nem aí para graves problemas que se sucedem dia após dia, como os assassinos menores de idade, os que atropelam e matam inocentes, o desrespeito aos que usam o transporte público, as nossas leis criminais bondosas, como as progressões das penas, e o processo criminal pleno de instâncias, agravos e embargos.
Parece que vivem em Marte, pensando em belos estádios, trem-bala, homenagens, medalhas, uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU(!!!!!)... enquanto a saúde pública, inumana, agoniza, a educação é das piores do mundo, a defesa pública, indefesa, a falta de saneamento básico atinge mais da metade dos domicílios brasileiros, e a infraestrutura é do tempo do regime militar! Nada os sensibiliza, a não ser as suas benesses, agora e para sempre, como a vergonhosa e ilegítima assistência médica aos senadores e famílias, pelo resto da vida, mesmo aos que já não são mais, ou se foram ou o foram por curto período de mandato.
O Executivo não insta o Congresso a agir, limitando-se a dilapidar a herança bendita, a doar ministérios, aparelhar o Estado com correligionários e a criar uma coalizão que só serve para brecar ou melar CPIs, como foi a do Cachoeira, quando quem é decente quer mais é esclarecer negociatas, em vez de encobri-las... O caso da Petrobras é evidente: se não querem investigar, é porque aí tem!!! É como o ex- Vice PresRep e sua família: se não quiseram o exame de DNA é porque a filha é legítima!! É o receio de sempre: dos fatos comprometedores!!
Sempre foi assim, mas nos últimos 11 anos, de governo petista, o câncer, qual uma metástase, se espalhou. O pior foi o desajuste fiscal e a perda de oportunidade, de, com tal maioria no Congresso, ter feito o enxugamento e as mudanças em órgãos, estruturas e procedimentos que travam a inserção do país no século XXI, como as reformas: da previdência, em que muitos recebem benefícios sem nunca terem contribuído, cujo rombo aumenta a cada dia; a tributária, com um almanaque de tributos a esfoliar empresários e pessoas físicas; a política, cuja maior excrescência é a figura abjeta do senador suplente, sem falar no financiamento de campanhas; e a do trabalho, que amarra a contratação de trabalhadores de modo formal e castiga empresários com toda sorte de impostos, federais, estaduais e municipais, muitos entrelaçados, no atual cipoal de portarias.
Nelson Rodrigues disse que o brasileiro tem complexo de vira-lata. Nada mais correto, pois o país é vira-lata! Um exemplo?: a sétima economia do mundo não conseguiu prontificar estádios, aeroportos e a mobilidade urbana em sete anos, desde que soube que a Copa seria aqui!
A charge no jornal é perfeita: o rebaixamento de classificação de risco para BBB- é o retrato de um país que permite que uma concessionária ofereça a seu povo um programa desclassificado, como o BBB. É como nossos políticos: eu quero meu lucro, a educação e o país que se danem!
Com esse tamanho, nos trópicos, e com um povo habilidoso, que se transformam em vantagens comparativas, o Brasil tem futuro, mas não é o país do futuro. Jamais chegaremos ao Primeiro Mundo, pois não há estadistas, só locupletistas, ou “locupetistas”, como Lula e Dilma, super-heróis de um gibi ultrapassado, andrajoso, que encalhou, como o país. Por isso, as nossas vantagens comparativas nunca se transformam em vantagens competitivas.
O DNA não ajuda. Não é de um pastor alemão. Muito menos o BBB...
30 de março de 2014
Luiz Sérgio Silveira Costa é Almirante, reformado.
Luiz Sérgio Silveira Costa é Almirante, reformado.
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