Sempre fiquei intrigada com mulheres que posam para fotos virando-se de costas, dando apenas uma espiadinha para a câmera por cima do ombro. Que as Mulheres Melões e Melancias façam isso, é compreensível: estão oferecendo às lentes o produto que as tornou famosas. Porém, no sofisticado tapete vermelho, acontece o mesmo. Divas em seus vestidos longos de grife oferecem ao mundo uma visão frente e verso, e não só a bem torneada Jennifer Lopez, mas também sílfides como Anne Hathaway, Cate Blanchett e Naomi Watts. Provavelmente para mostrarem suas escápulas em um exclusivo decote Dior, para exibirem o colar da Tiffany que pende pelas costas, para que reparem no corte de cabelo batidinho na nuca, ou em alguma tatuagem, vá saber. Mas gosto de pensar que elas dão essa viradinha por um motivo mais divertido: para provar que não há fita crepe ajustando a roupa ao corpo.
Nem sempre as roupas que a gente vê nas revistas caem feito uma luva no corpo das modelos. Aliás, quase nunca. Metros e metros de fita crepe ajustam camisas, grudam vestidos na cintura, afunilam a perna da calça – quando não esticam o pescoço da criatura ou puxam sua barriga, numa espécie de cirurgia plástica instantânea. Acontece não só dentro dos estúdios. Já escutei casos hilários de mulheres que foram flagradas em festas com uma fita crepe escondida atrás da orelha, a fim de estender uma pelezinha saliente que não deu tempo de remover com bisturi.
Estou exagerando, claro, mas nem tanto. Há uma frase célebre de bastidor: não haveria cinema sem a fita crepe. E também não haveria a fotografia, a televisão, as mostras de decoração e arquitetura. Todos os expositores sabem que sem fita crepe não é possível construir uma ilusão.
Sem desprestígio aos alfinetes, às joaninhas, aos pregadores de roupa, aos clipes e demais acessórios de primeiros socorros de uma produção, mas é inegável que fita crepe é o quebra-galho soberano: funciona para tudo. Prende, cola, ajeita, segura, amarra. É o salvador dos cenários, o braço direito dos iluminadores, e, como já se disse, a melhor amiga dos figurinistas. Você não precisa ser atriz de Hollywood para testar: basta conferir o efeito de uma camiseta exposta no manequim da vitrine de uma loja e depois experimentar o efeito vestindo-a em você mesma, dentro do provador. Pois é, alguns vitrinistas também recorrem a essa espécie de “photoshop” artesanal.
Não pretendo ser estraga-prazer, ao contrário, espero estar salvando seu dia: quando você for às compras e a roupa não cair tão bem no seu corpo como cai no da Alessandra Ambrósio, não excomungue os deuses nem a si mesma. Até as mais perfeitas das beldades, aquelas que ganham milhões de dólares para fotografar com lingeries divinas, já contaram com a ajuda bem terrena de uma fita crepe que custa menos de 10 reais.
Nem sempre as roupas que a gente vê nas revistas caem feito uma luva no corpo das modelos. Aliás, quase nunca. Metros e metros de fita crepe ajustam camisas, grudam vestidos na cintura, afunilam a perna da calça – quando não esticam o pescoço da criatura ou puxam sua barriga, numa espécie de cirurgia plástica instantânea. Acontece não só dentro dos estúdios. Já escutei casos hilários de mulheres que foram flagradas em festas com uma fita crepe escondida atrás da orelha, a fim de estender uma pelezinha saliente que não deu tempo de remover com bisturi.
Estou exagerando, claro, mas nem tanto. Há uma frase célebre de bastidor: não haveria cinema sem a fita crepe. E também não haveria a fotografia, a televisão, as mostras de decoração e arquitetura. Todos os expositores sabem que sem fita crepe não é possível construir uma ilusão.
Sem desprestígio aos alfinetes, às joaninhas, aos pregadores de roupa, aos clipes e demais acessórios de primeiros socorros de uma produção, mas é inegável que fita crepe é o quebra-galho soberano: funciona para tudo. Prende, cola, ajeita, segura, amarra. É o salvador dos cenários, o braço direito dos iluminadores, e, como já se disse, a melhor amiga dos figurinistas. Você não precisa ser atriz de Hollywood para testar: basta conferir o efeito de uma camiseta exposta no manequim da vitrine de uma loja e depois experimentar o efeito vestindo-a em você mesma, dentro do provador. Pois é, alguns vitrinistas também recorrem a essa espécie de “photoshop” artesanal.
Não pretendo ser estraga-prazer, ao contrário, espero estar salvando seu dia: quando você for às compras e a roupa não cair tão bem no seu corpo como cai no da Alessandra Ambrósio, não excomungue os deuses nem a si mesma. Até as mais perfeitas das beldades, aquelas que ganham milhões de dólares para fotografar com lingeries divinas, já contaram com a ajuda bem terrena de uma fita crepe que custa menos de 10 reais.
23 de março de 2014
Martha Medeiros, Zero Hora
Nenhum comentário:
Postar um comentário