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O pronunciamento de Alexandre Padilha, já como ex-ministro, tendo em vista que a Imprensa noticiava a sua saída para ser candidato a governador pelo PT, em São Paulo, realizado no último dia 29 de janeiro, configurou-se um crime eleitoral escancarado.
01 de fevereiro de 2014
O pronunciamento de Alexandre Padilha, já como ex-ministro, tendo em vista que a Imprensa noticiava a sua saída para ser candidato a governador pelo PT, em São Paulo, realizado no último dia 29 de janeiro, configurou-se um crime eleitoral escancarado.
Em primeiro lugar, não havia necessidade para o pronunciamento, já que a Campanha Nacional de Vacinação contra o HPV será iniciada em 10 de março de 2014. Não há justificativa técnica para que uma cadeia nacional de TV tenha sido convocada com mais de 40 dias de antecedência para qualquer informação de utilidade pública. A não ser oferecer propaganda eleitoral antecipada e gratuita para o candidato pestista.
Para comprovar que houve uma antecipação criminosa, saibam que os demais pronunciamentos deste mesmo ministro sempre foram feitos às vésperas - como é correto - do início das campanhas de vacinação. Foi assim em oportunidades anteriores quando ele se manifestou para anunciar ações contra gripe, poliomelite, sarampo e outras doenças.
Outro indício de crime eleitoral é a duração do pronunciamento: 4 minutos e 34 segundos. No programa criminoso, Padilha falou da vacina contra o HPV durante exatos 2 minutos e 30 segundos. A partir daí, fez propaganda descarada de todos os programas da sua gestão e do governo Dilma. Dois minutos de cadeia nacional para a auto-promoção. Uma vergonha.
Outro dado que caracteriza a ação como marketing eleitoral é que as aulas, que o ministro diz que estavam começando, haviam iniciado apenas na rede estadual paulista, em 27 de janeiro. No Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e outros estados, o início das aulas ocorrerá a partir de 3 de fevereiro, na próxima segunda-feira, uma semana depois do pronunciamento ministerial. Fica muito claro a quem a mensagem deveria atingir: o eleitorado paulista, onde Padilha é candidato a governador.
Além disso, o conteúdo da mensagem de Alexandre Padilha é lamentável no que diz respeito ao aspecto humano. Ele informa que existem 5 milhões e 200 mil meninas de 11 a 13 anos e, pasmem! - ele pretende atingir apenas 80% delas, deixando de fora 1 milhão e 40 mil adolescentes. 20% das adolescentes ficarão fora da campanha. Quem serão? As negras? As pobres? As de cidades que não votam no PT? Quem vai decidir?
O mais incrível é que as vacinas já estão prontas, estocadas, mas o governo vai esperar até 10 de março para iniciar a aplicação em massa. Quatro milhões de doses, que custaram R$ 120 milhões, foram entregues em 10 de janeiro! Cada dose custou R$ 30 reais. Para atender aquele imenso contingente de 1 milhão de jovens alijadas dos seus direitos, bastaria investir pouco mais de R$ 30 milhões. De novo: quem vai escolher as 20% que ficarão correndo risco de contrair o câncer? O petista Padilha?
01 de fevereiro de 2014
in coroneLeaks
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