FHC pode ser candidato ao Senado para atrapalhar tática de Lula pela imunidade parlamentar
Ninguém se surpreenda se o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso se candidatar este ano a uma vaga ao Senado, pelo Estado de São Paulo, simplesmente para atrapalhar ou inviabilizar um plano não explicitado pelo também ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva de tentar virar senador para conseguir uma providencial imunidade parlamentar, diante do risco concreto de ser obrigado a acertar as contas com a Justiça, tão logo o PT perca o poder federal. A decisão de FHC depende de seus filhos.
11 de fevereiro de 2014
Ninguém se surpreenda se o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso se candidatar este ano a uma vaga ao Senado, pelo Estado de São Paulo, simplesmente para atrapalhar ou inviabilizar um plano não explicitado pelo também ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva de tentar virar senador para conseguir uma providencial imunidade parlamentar, diante do risco concreto de ser obrigado a acertar as contas com a Justiça, tão logo o PT perca o poder federal. A decisão de FHC depende de seus filhos.
A candidatura de FHC ao Senado (provavelmente contra Lula – ou contra a improvável reeleição de Eduardo Suplicy) promoveria uma “nacionalização” do pleito paulista. Mesmo que não tente o Senado, para reforçar a blindagem pessoal, Lula tem como prioridade máxima a eleição ao governo do Estado de seu ex-ministro da Saúde. Estrategistas de FHC já avaliam que a entrada dele, de surpresa, no cenário eleitoral pode ajudar Geraldo Alckmin a se reeleger, já que o embate paulista teria o foco desviado para uma batalha pessoal entre os “ex-amigos” Lula e FHC.
Nos bastidores tucanos, já se especula que FHC prepara um movimento surpresa, ofensivo, com dois objetivos bem definidos. Primeiro, reforçar, com sua presença direta na campanha, a candidatura presidencial de Aécio Neves – com dificuldade de decolagem. Segundo, impedir que o PT tenha sucesso na tentativa de emplacar o poste Alexandre Padilha no Palácio dos Bandeirantes. O PSDB avalia que, taticamente, manter o Governo de São Paulo é até mais importante que retornar ao Palácio do Planalto.
Os tucanos tem uma certeza. Sem credibilidade junto a investidores internacionais, Dilma Rousseff está praticamente liquidada em seu projeto reeleitoral. Mas os tucanos também sabem que não são os favoritos para derrotá-la. Por isso, a tática imediata é um acordo, já costurado, para que Aécio Neves e Eduardo Campos (PSB), não criem conflitos entre si, de olho na aliança salvadora no segundo turno. O foco dos tucanos é centrar fogo no PT.
O Partido dos Trabalhadores tem o mesmo foco ofensivo, para neutralizar sua principal fragilidade interna: a contaminação pelo Mensalão, Rosegate e outros escândalos que ainda podem estourar durante a campanha, provavelmente depois da Copa do Mundo, cujo desfecho, em meio a protestos previsíveis, será crucial para o destino do governo Dilma.
Por isso, a máquina petista de desinformação investe pesado no Mensalão Mineiro, para tentar atingir diretamente Aécio Neves. O problema é que esse jogo tem um perigo. Transforma dirigentes dos dois partidos em farinhas do mesmo saco de corrupção – o que pode abrir caminho uma “terceira via eleitoral”. O receio é uma improvável candidatura de Joaquim Barbosa – que tem até o final de abril para resistir ao canto da sereia de abandonar o Olimpo do Supremo Tribunal Federal para mergulhar no inferno da política partidária. A tendência é que Barbosa não embarque na canoa furada, e fique assistindo, de camarote, ao afundamento programado do PTitanic.
Correção de moeda
Um especialista em arrecadação de campanha que revelou ao Alerta Total o montante bilionário que o PT acumulou para torrar na campanha de 2014 faz uma correção de moeda.
O PT tem R$ 2 bilhões para gastar – e não US$ 2 bilhões guardados.
Mesmo assim, é muito dinheiro sobrando para a complicadíssima reeleição de Dilma, com prioridade na eleição ao governo de São Paulo e Senado (se Lula vier mesmo candidato).
Lula Sem Museu
O companheiro $talinácio precisa trocar de pai de santo, urgentemente...
O juiz da 12ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo, Adriano Marcos Laroca, decidiu que a Prefeitura de São Paulo está proibida de ceder ao Instituto Lula um terreno, perto da Estação da Luz, para a construção do demagógico “Memorial da Democracia”.
A área tinha sido cedida a Lula, no final de 2012, pelo então prefeito Gilberto Kassab (presidente do PSD), que ensaiava um namoro com o PT.
Sem licitação, não pode...
O Juiz Laroca considerou que a lei municipal que autorizou a cessão ofende os princípios constitucionais da impessoalidade, da moralidade, da isonomia e da proibição de publicidade de programa ou atividade pública em promoção pessoal de autoridade ou servidor público, ainda mais sem licitação pública para tal fim:
"Triste ironia: a instalação de um memorial da democracia com ofensa a diversos princípios democráticos. "Existe enorme risco de que o imóvel público concedido ao instituto-réu (...) seja utilizado preponderantemente para a promoção pessoal do ex-presidente Lula e de seu partido (PT), já que ele continua com sua atividade político-partidária".
O magistrado definiu uma multa diária de R$ 500 mil, a contar da intimação judicial, caso haja o prosseguimento da execução do projeto de criar um museu, em terreno municipal, para expor, além da pretensa luta pela democracia no Brasil, o acervo presidencial privado do presidente Lula durante seus dois mandatos (2003-2010).
Kassab, Paulo Okamoto e Lula: acordo detonado pela Justiça...
Apelando ao tucano morto?
O ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em sua disfarçada campanha antecipada ao governo de São Paulo, comprova que não será fácil a tarefa de tirar o PSDB no poder.
Em Sertãozinho, na “Caravana Horizonte Paulista”, Padilha até pegou emprestada uma frase do falecido governador tucano Mário Covas para tentar ganhar a confiança de uns 60 empresários do setor, em reunião no Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise):
“Como dizia o governador Covas, se há um problema, só podemos fazer três coisas: enfrentar, combater e vencer”.
Se continuar evocando os tucanos desse jeito, o poste Padilha vai levar uma chamada do padrinho Lula...
Missão Impossível
O presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), Silvio Sinedino, venceu ontem a eleição para ocupar a cadeira dos empregados no conselho de administração da petroleira, em 2014-1015.
Sinedino, com 26 anos de Petrobras, é também conselheiro eleito da Petros e foi diretor do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ).
Sinedino já avisou que sua bandeira será lutar por uma Petrobrás mais independente do governo.
Souza Cruz salvadora
Quem tem padrinho transnacional não morre pagão no Brasil.
Pedro Malan (ex-ministro da Fazenda de FHC) e Ellen Gracie Northfleet (ex-presidente e semideusa aposentada do STF) nem tiveram tempo de quase ficar com o filme queimado por terem feito parte do conselho de administração de empresas do grupo EBX – de Eike Batista, que tomou um grande fumo econômico, perdendo bilhões.
Os nomes de Malan e de Ellen agora figuram com destaque no Conselho de Administração da Souza Cruz – poderosa transnacional do tabaco.
Mensagem à Santa Sé
O Príncipe da Casa Imperial do Brasil, Dom Bertand de Orleans e Bragança, enviou ao Vaticano um documento que vai abalar a turma da Teologia da Libertação.
No texto ao Papa Francisco (publicado abaixo desta edição), Bertrand questiona como “movimentos que combatem obstinadamente a propriedade privada, inclusive por meio de ações violentas, são convidados a participar de reuniões em importantes organismos da Santa Sé, sendo um deles recebido pelo Pontífice?”
Leia a mensagem: Quo Vadis, Domine, Papa Francisco?
Presente
Zumbi
Menos para os Médicos
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
11 de fevereiro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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