O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ), envolvido em várias polêmicas ao se posicionar contra as lutas de movimentos sociais na Câmara dos Deputados, quer ser o novo presidente da CDH (Comissão dos Direitos Humanos). Ele quer substituir o também polêmico deputado Marco Feliciano (PSC-SP), que assumiu a comissão em março de 2013.
Ele acredita que assumir o colegiado é uma boa forma de ter “visibilidade” em um ano de eleições, e não teme a pressão de grupos que se sentem discriminados por ele. Para Bolsonaro, “quanto mais se fala em direitos humanos, mais a violência cresce em nosso País” e, por isso, ele vai abrir espaço para debates que defendem.
Com medo de Bolsonaro, o PT decidiu adiar a decisão sobre a escolha das comissões que pretende presidir neste ano. Ao fim da reunião da bancada na manhã desta terça-feira (11), o deputado Vicentinho (SP), disse que vai pedir hoje ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, que também seja adiada a decisão dos líderes sobre a distribuição das presidências das comissões entre os partidos.
“Estou olhando com carinho especial para a Comissão de Direitos Humanos, que nunca mais deverá passar pelo constrangimento que passou no ano passado”, disse Vincentinho. Em 2013, o colegiado foi presidido pelo deputado Pastor Feliciano (PSC-SP), sob protestos de movimentos sociais, que o acusam de homofobia e racismo.
Conforme informaram deputados que participaram da reunião desta manhã, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonara Menicucci, teria pedido que o partido priorize a escolha da presidência da Comissão de Direitos Humanos. Já o ministro da Saúde, Arthur Chioro, teria defendido prioridade para a Comissão de Seguridade Social.
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