O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deverá devolver o valor gasto com o uso de avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em seu deslocamento de Brasília para Recife na última quarta-feira, dia 18, segundo informou neste sábado, 21, sua assessoria de imprensa. Renan viajou para a capital de Pernambuco com o objetivo de fazer um implante de cabelo e não tinha compromissos oficiais naquela data.
Um voo de Brasília para Recife, em avião comercial, nessa alta temporada, custa no mínimo R$ 1 mil. A FAB ainda não divulgou se Renan também usou a aeronave da Força para retornar de Recife a Maceió, onde tem casa.
É a segunda vez neste ano que o presidente do Senado utiliza um avião da FAB em compromissos particulares. Em junho, ele pegou carona para ir ao casamento da filha do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), em Trancoso, Bahia. Após o fato ser revelado pela imprensa, Renan devolveu o dinheiro aos cofres públicos.
Ministros do governo Dilma e outras autoridades mantêm o hábito de usar os aviões da FAB para retornar a seus Estados, embora um decreto de 2009, assinado pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, autorize o uso de voos comerciais em deslocamentos para casa. Para evitar mais gastos, a presidente Dilma Rousseff já orientou ministros que moram nos mesmos Estados a compartilharem os voos da FAB em suas viagens de ida e volta para Brasília.
Na última quinta-feira, 19, das 10 viagens registradas no site da FAB, seis levaram ministros e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para os Estados onde mantêm residências. O site da FAB diz que essas viagens foram “a serviço”.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – São dois países. Um de verdade, pobre e emergente; e o outro, de ficção, rico e de primeiro mundo. Calheiros, eleito pela pobre Alagoas, vive como se estivesse no país rico, mas à custa do povo. Enriquecido ilicitamente, evitou ser cassado e acabou voltando à presidência do Senado. Não aprende, vai ser sempre mau caráter. E jamais será punido pelo enriquecimento ilícito, denunciado pela própria amante. (C. N.)
21 de dezembro de 2013
Débora Álvares
Estadão
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