Não dá para entender por que certos trâmites jurídicos ainda vigoram, ou mesmo por que eles foram criados um dia. Senão vejamos:
O caso de uma biografia do maluquinho João Gilberto foi parar no STF, para onde, aliás, jamais deveria ter ido se a Justiça aqui fosse séria. Negado pelos ministros o pedido de João, proibindo o livro, o processo sai do STF e volta para a justiça comum, o TJ de São Paulo, onde começa tudo de novo. Tem cabimento?
Outro dia li que entre os processos que tramitam no STF há, por exemplo, o de uma briga de vizinhos na garagem e o de uma criança que fez pipi nas calças no colégio e foi admoestada com muita severidade pela professora.
Quiuspariu! Eu tenho até vergonha de dizer que sou brasileiro e gosto do meu país como poucos quando eu penso em que responder, se indagado sobre como consigo gostar de viver em um país onde as aberrações são as regras, em todos os níveis. O que responder sobre gostar de um povo tão burro a ponto de mais da metade achar que o governo rouba, mas continua votando nele?
Será que Freud explica? Froes não explica...
29 de novembro de 2013
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