"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Acidente chama atenção que construção do Itaquerão pode chegar a R$ 1,8 bi, com alto risco de render CPI



 
R$ 1 bilhão e 800 milhões e subindo... Este é o valor comentado ontem por lobistas do setor de construção civil sobre os gastos previstos para a obra de construção do Estádio do Corinthians, na Zona Leste de São Paulo, que o clube pretende batizar, depois da Copa do Mundo, com o nome de seu ilustre torcedor Luiz Inácio Lula da Silva – o padrinho político da caríssima obra tocada em ritmo frenético pelo consórcio comandado pela Odebrecht – a maior transnacional do Brasil.
 
O caso Itaquerão pode render uma Comissão Parlamentar de Inquérito, se a oposição se mexer, para investigar indícios de superfaturamento e a falta de transparência em seu financiamento, com dinheiro público. O estádio corinthiano, em um local de complicadíssimo acesso na superpopulosa Zona Leste de São Paulo, deverá custar mais caro que o Maracanã – cuja obra foi estimada em R$ 1,23 bilhão. O custo da “Arena Corinthians” (que pode ser batizada de Arena Lula) pode ficar ainda mais alto depois do acidente.
 
Ontem, no mercado de empreiteiras que atuam cartelizadas mas se odeiam, vazou a informação sobre o absurdo preço pago pelo aluguel da máquina acidentada. O guindaste modelo munck LR 11350, fabricado na Alemanha pela Liebherr, era alugado pela empresa BHM pela tarifa diária de R$ 35 mil. O equipamento seria um dos mais caros na complexa execução da obra, que tem indícios de superfaturamento, e cujo processo de financiamento peca pela enorme falta de transparência, envolvendo o BNDES e outro banco estatal – a Caixa – que também patrocina o Corinthians.
 
O absurdo gasto com o Itaquerão vem à tona no submundo da empreiteiragem depois do acidente com um guindaste que içava o último módulo da estrutura da cobertura metálica do estádio tombou provocando a queda da peça sobre parte da área de circulação do prédio leste – atingindo parcialmente a fachada. A construtora garante que o acidente não afetou a estrutura do estádio – que fica com a obra interditada, pelo menos, até segunda-feira, aumentando o risco de atraso na entrega para a abertura da Copa do Mundo da Fifa. A Perícia vai investigar se houve falha humana, defeito no guindaste, instabilidade do terreno ou tudo isso combinado.
 
Um vídeo do arquiteto e urbanista Márcio Antônio Campos (enviado ao site G1 e disponível no YouTube) mostrou o momento da queda da peça da cobertura do estádio e do tombamento do guindaste na Arena Corinthians, que aconteceu às 12h 40min de quarta-feira passada. Pós-graduado em perícia e avaliações e especialista de patologia da construção civil, Campos resolveu pegar a câmera e filmar porque percebeu que uma viga de sustentação da obra estava tremendo. O profissional fez parte de um grupo de arquitetos do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-SP) que fazia uma vistoria técnica no Itaquerão desde horas antes do acidente.
 
Simbolicamente, o capimunismo petralha comprovou sua fragilidade com o acidente na construção superfaturada do estádio do Corinthians – programado para sediar a abertura da Copa de 2014, do jeito que ficar pronto, no dia 12 de junho de 2014. Agora, está mais que evidente que um governo patrocinador de mensalões e obras perdulárias com dinheiro público também tem tudo para cair como uma caríssima grua alemã...
 
Aviso aos navegantes
 
Do sempre atento médico Humberto de Luna Freire Filho em suas cartinhas aos jornais e sites:
 
“Como costumo ir a Brasília com certa frequência, e na qualidade de possível cliente do Hotel St. Peter (agora sob nova direção), gostaria de saber, por medida de segurança, se o novo administrador tem acesso livre a todas as dependências do estabelecimento, inclusive aos cofres. Tenho esse direito. Soube através do Supremo Tribunal Federal (STF) que o novo funcionário é especialista em desvio de dinheiro público. Atualmente condenado à prisão, está sem acesso à fonte oficial. Talvez ele tenha transferido suas atividades para os cofres privados. Não sou ladrão, não conheço os macetes da profissão, portanto preciso me precaver.
 
Trabalhadores do Brasil?

 
Zé com Z

 
Partido Diferente


Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
 
29 de novembro de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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