Agora, começam as reações dentro do partido. O deputado Reguffe se diz envergonhado e anuncia a desfiliação do partido. E para não perder o mandato, se não for para um partido recém-criado, deve alegar que não pode dividir o mesmo teto com um dirigente partidário que chefia uma organização criminosa. Só assim poderá tentar receber um salvo conduto da Justiça eleitoral.
A saída de Reguffe pode provocar uma debandada geral do PDT. Pelo menos é isso que se espera de políticos como o deputado Miro Teixeira, os senadores Cristovam Buarque e Pedro Taques e outros expoentes do partido que pregam a moralidade pública. É de se estranhar que esses políticos até hoje não tenham se manifestado sobre as acusações da Polícia Federal que jogou um caminhão de lama na história dos socialistas moreno.
É mais ainda curioso que a presidente Dilma se omita diante das ameaças do atual ministro Manoel Dias, o Maneca, de botar a boca no trombone se for demitido, ou seja, denuncia todas as falcatruas que vêm ocorrendo dentro do MT nos últimos dez anos. A sinceridade do Maneca é cortante.
Ele confessa, com todas as letras, que existem desvios de recursos na sua Pasta ao dizer que são “impublicáveis” o que acontece dentro do órgão. A presidente – que se apresentou ao país no início do mandato como uma faxineira da moralidade – não deu um pio sobre a organização mafiosa que atua dentro do MT e se acovardou diante da chantagem de Maneca.
A banda dos paladinos pedetistas que alardeia ética e moralidade pública está quieta. Prefere silêncio da conveniência a um confronto com Lupi, uma caixinha de segredo, cada vez mais fortalecido dentro do partido a julgar pela última reunião do diretório que presidiu e deu as cartas. Imagina-se o constrangimento de uma reunião chefiada por Lupi, o ex-ministro que quebrou a espinha dorsal, quando num gesto de servilismo para manter o cargo, curvou-se para beijar a mão da Dilma, para depois declarar que só sairia do ministério à bala.
Uma semana depois, a presidente o demitiria como corrupto com o carimbo da Comissão de Ética.
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