O STF (Supremo Tribunal Federal) discutirá na quinta-feira (dia 21) se a Receita Federal pode compartilhar com o Ministério Público Federal dados bancários e fiscais do contribuinte de forma ampla e detalhada. O tema foi pautado pelo próprio presidente do tribunal, Dias Toffoli. O assunto voltou à baila depois que dados do ministro Gilmar Mendes, do STF, vieram a público de forma ilegal. O fato jogou luz sobre a atuação de uma força-tarefa do fisco que investiga 134 pessoas.
O Supremo já autorizou o compartilhamento de dados da Receita com órgãos de investigação. O que se discutirá agora é se isso pode ser feito de forma irrestrita. Ou se a Receita poderia divulgar apenas dados globais, caso mostrassem movimentação financeira incompatível com o patrimônio da pessoa fiscalizada.
AÇÃO DA OAB – O conselho federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) se reúne nesta segunda (18) para discutir uma ação no STF que impeça juízes de distribuírem dinheiro de multas da Operação Lava Jato. Para a entidade, magistrados não têm delegação para alocar recursos públicos.
Um dos juízes citados como exemplo é Marcelo Bretas, do Rio: ele atendeu a um pedido do Banco Central e destinou R$ 2,2 milhões para o desenvolvimento de um sistema eletrônico de comunicação entre o Judiciário e as instituições financeiras.
EXEMPLO 2 - Em outro precedente, a juíza Gabriela Hardt, do Paraná, homologou o já célebre acordo dos procuradores da Lava Jato no Paraná para criar um fundo de R$ 2,5 bilhões com dinheiro de multas da Petrobras.
Questionado até pela PGR (Procuradoria-Geral da República), o acordo com a Petrobras acabou sendo suspenso.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Toffoli está mergulhando o Supremo cada vez mais na lama do corporativismo e da impunidade. Tenta blindar os ministros, mas se esquece de que nem todos necessitam de blindagem. Na nossa matriz USA, o caso de Al Capone demonstra que ninguém deve ficar fora do alcance de investigação fiscal, mas aqui na filial Brazil tudo ainda é possível. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Toffoli está mergulhando o Supremo cada vez mais na lama do corporativismo e da impunidade. Tenta blindar os ministros, mas se esquece de que nem todos necessitam de blindagem. Na nossa matriz USA, o caso de Al Capone demonstra que ninguém deve ficar fora do alcance de investigação fiscal, mas aqui na filial Brazil tudo ainda é possível. (C.N.)
19 de março de 2019
Mônica Bergamo
Folha
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