"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 13 de março de 2019

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

PAULO GUEDES, CADÊ O 'MAIS BRASIL, MENOS BRASÍLIA"?


As armas de Bolsonaro – Moro e Guedes


O sucesso do Governo Jair Bolsonaro depende, decisivamente, do excelente desempenho e dos resultados práticos do trabalho do ministro da Economia, Paulo Guedes. Se ele falhar, fedeu - para não usar outro verbo mais popular...

Pregador do Liberalismo Democrático, Guedes tem o mérito de ser um dos defensores históricos da solução “Educação” como fundamento para o Brasil crescer e se desenvolver. Ele também deve ser elogiado pela crítica permanente (por mais retórica que seja) ao “rentismo” improdutivo.

Ultimamente, no entanto, Paulo Guedes tem sido criticado porque “só pensa naquilo”: “reforma da previdência, privatização e suposta salvação do rombo estatal por uma via meramente fiscal”. A torcida do Flamengo espera mais do chamado “Posto Ipiranga” do Bolsonaro...

Paulo Guedes é um dos auxiliares em quem Jair Bolsonaro mais confia – conforme repetidas declarações públicas. Guedes foi um dos primeiros “deuses” do mercado brasileiro a apostar suas fichas em Bolsonaro – depois que constatou que Luciano Huck não agüentaria o tranco de uma corrida presidencial.

Guedes foi ousado... Até “brigou” com a Família Marinho, do Grupo Globo, pela aposta no “Capitão”. Na fase de transição, foi atribuída a ele a ideia genial de convidar o então juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, para comandar o Ministério da Justiça com todos os poderes para combater a corrupção. Guedes continua sendo “campeão” – na classificação bolsonariana.

O governo caminha para os 100 dias... Paulo Guedes formulou uma proposta de reforma previdenciária que não consegue ser unanimidade entre o Presidente Bolsonaro e seus militares mais chegados. Guedes também acaba de sugerir uma proposta de novo pacto federativo – que deve tramitar, no Senado, na forma de Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Guedes vende a promessa de que a proposta dará aos políticos 100% do controle sobre o orçamento. Seria o poder para a descentralização de recursos regionais, desvinculando gastos obrigatórios e repasses da União para Estados e Municípios. Tudo lindíssimo na teoria...

Reforma previdenciária e Novo Pacto Federativo devem render uma longa novela com deputados e senadores... No entanto, o que se cobra de Paulo Guedes são resultados econômicos concretos e imediatos, além do cumprimento de algumas promessas de campanha. Vem à memória, nesta fase anual de acerto de contas com o faminto Leão da Receita Federal, a promessa eleitoreira de que quem ganhasse até R$ 5 mil reais ficaria isenta do Imposto de Renda da Pessoa Física. Será que Guedes lembra disto? A torcida do Flamengo está fazendo a cobrança ao ilustre torcedor rubro-negro...

Concretamente, a galera também pergunta, sem maldade: O que Paulo Guedes fez, efetivamente, até agora, para cumprir o slogan eleitoreiro “Mais Brasil; menos Brasília”? Paulo Guedes focou demais na previdência, e falou demais sobre a “crise fiscal”. Também baixou o “AI-5 dos Sindicatos” (regulamentando o fim da contribuição obrigatória dos trabalhadores aos sindicatos), mas não mexeu na mesma contribuição dos empreendedores aos sindicatos patronais... Cadê a isonomia???

Guedes também não cumpriu a promessa de mexer no famigeradoSistema S (no qual o SESC, Senac e Senai continuam tungando as empresas, usando a grana em favor de uma oligarquia “patronal-sindical” com interesses prioritariamente eleitoreiros. Muitas das armações já são alvos de investigação da Polícia Federal. Guedes prometeu acabar com a contribuição empresarial ao sistema S. Cadê o prometido levantamento criterioso sobre a utilização dos bilhões de reais? Guedes continua devendo... Quem sabe uma lembrança bolsonariana ajude a refrescar a memória do czar econômico?

Tem mais cobrança a ver com o “Mais Brasil; menos Brasília”... Por que, até agora, Paulo Guedes não fez uma revisão profunda de vários atos praticados pelo seu antecessor? Henrique Meirelles baixou várias medidas altamente prejudiciais ao setor de crédito cooperativo – que foi taxado abusivamente, sob a alegação esfarrapada de que promovia uma concorrência desleal com os bancos (KKKKKKKKKKKKK – 13 gagalhadas)... Tais cooperativas viabilizam o agronegócio (setor que salva a Pátria)... Por que Guedes não baixa medidas para baixar o crédito e agilizar baratear o financiamento para a retomada do crescimento econômico?

Agora, em meio a tantas intrigas e rusgas pessoais entre os membros do Governo Bolsonaro, surge uma cobrança do meio militar a Paulo Guedes. O vice-Presidente Hamilton Mourão cobra da equipe de Paulo Guedes, nos bastidores, um plano de longo prazo com metas de crescimento e desenvolvimento, obedecendo a uma matriz Problema/Soluções. Ou seja, Guedes deve apresentar um plano concreto de investimentos conjuntos com Estados Unidos, China, Rússia, Índia, Israel e países árabes, resguardando interesses econômicos e geopolíticos do Brasil – atualmente ameaçado em sua competitividade e com risco de empobrecimento em função dos efeitos da demorada recessão dos últimos 10 anos.

Paulo Guedes também está devendo uma proposta de reforma tributária que não deveria ser adiada mais um ou dois anos. Pelo menos as idéias básicas deveriam vir à tona para uma ampla discussão entre quem ainda consegue pensar racionalmente no meio de uma sociedade brasileira emburrecida por conceitos errados e pela propaganda ideológica imbecilizante. Ninguém mais agüenta pagar tanto imposto, sem a devida contrapartida em infraestrutura e serviços... Guedes certamente sabe disto, pois falava do assunto na campanha... No entanto, o ministro anda muito lerdo na promoção das soluções e do debate fundamental...

Enfim, Paulo Guedes precisa ser mais cobrado pelo Presidente Jair Bolsonaro... Não bastam os recadinhos nos bastidores... O debate sobre as soluções para nossa economia precisam ganhar uma dimensão pública, evoluindo do meio político e do poder executivo para chegar ao cidadão que estuda, trabalha, empreende, corre risco, gera renda, emprego e, quase sempre, acaba extorquido ou ferrado pela máquina estatal incompetente, perdulária e corrupta.

A torcida do Flamengo (incluindo eu, Mourão e o Palmeirense Bolsonaro) gostaríamos que você, Paulo Guedes, nos brinde com um espetáculo de soluções concretas dentro do seu original pensamento Liberal Democrático... Já está passando da hora de você pagar, de verdade, sem retóricas e com atitudes, a promessa do “Mais Brasil;menos Brasília”...

Se demorar muito, Paulo Guedes, a culpa dos problemas econômicos será passada da petelândia e do Michel Temer para o Presidente Jair Bolsonaro... O tempo urge e ruge... Tal qual ou pior que o Leão da Receita – um espécime Capimunista Selvagem...





Dia D da para Lava Jato

Uma grande manifestação popular em Brasília deve marcar, nesta quarta-feira, a votação do Supremo Tribunal Federal sobre o destino dos crimes comuns ou eleitorais envolvendo os corruptos da Lava Jato.

Até agora, são claramente a favor de mandar para a Justiça Eleitoral vários processos os ministros Celso de Mello, Marco Aurélio de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e o presidente da Corte, José Dias Tóffoli.

Assim, a Lava Jato fica por um fio, já que apenas os ministros Luis Roberto Barroso e Edson Fachin discordam deles...

A partir de hoje, terão de sair do muro os indecisos: Rosa Weber, Alexandre de Morais, Carmem Lúcia e Luiz Fux.

Tomara que nenhum ministro peça “vista”, e adiando uma decisão que não pode ser mais postergada, em nome dos interesses maiores do Brasil...

A corrupção sistêmica e institucionalizada não pode vencer, daí a fundamental pressão popular em favor da Lava Jato – que não pode parar...

Boa dica...

Do jurista Antônio José Ribas Paiva para o Presidente da República:

“Bolsonaro foi eleito para limpar o Estado dos comunistas ladrões e do entulho da ditadura do Crime. Presidente, não perca tempo negociando com a freguesia da Lavajato”.















Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!


13 de março de 2019
Jorge Serrão é Editor-chefe do Alerta Total.

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