"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 24 de julho de 2018

VEXAME! PF INDICIA EX-SECRETÁRIO DE ALCKMIN E MAIS 11 ENVOLVIDOS NO RODOANEL

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Alckmin finge que não é com ele e defende a  Justiça
A Polícia Federal (PF) de São Paulo indiciou Laurence Casagrande Lourenço, ex-secretário de Transportes do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), por acusação de desvios estimados em até R$ 600 milhões no Rodoanel. Além de Casagrande, outras 11 pessoas foram acusadas no âmbito da Operação Pedra no Caminho, do braço paulista da Lava-Jato.
A ação foi deflagrada em 21 de junho, quando 14 pessoas foram presas por participação no esquema. Desde fevereiro do ano passado, o Tribunal de Contas da União apura indícios de irregularidades como sobrepreço e superfaturamento no trecho Norte do Rodoanel.
VÁRIOS CRIMES – Para a PF, os investigados cometeram crime de fraude em licitação, associação criminosa e falsidade ideológica. Agora, os documentos serão analisados pelo Ministério Público Federal, que poderá oferecer denúncia contra os acusados, caso entenda que existem provas que comprovem as acusações.
Casagrande chegou a acumular o cargo de secretário com o de diretor-presidente da Dersa. Ele foi escolhido na gestão de Alckmin para investigar denúncias de corrupção na Dersa atribuídas a Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto — ex-diretor da estatal apontado como operador de propina de tucanos.
O ex-secretário ingressou na Dersa em 2011, quando a época foi criado um Departamento de Auditoria na estatal.
OUTRO LADO – A defesa de Laurence nega as acusações. Em nota, Alckmin disse que apoia às investigações.
“O indiciamento é ato de convencimento da autoridade policial que preside o inquérito. Esse ato ainda depende dos crivos do Ministério Público e do Judiciário. Espera-se que, respeitado o amplo direito de defesa, Justiça seja feita”, disse o tucano, por meio de sua assessoria.

24 de julho de 2018
Gustavo Schmitt 
O Globo

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