Sábado – véspera da vitória da França – fui visitar a mansão onde morou o jornalista Roberto Marinho e que agora transformou-se em centro de arte exposta ao púbico. A amostra reúne grande número de quadros de Debret, Guinard, Portinari, Djanira, Ismael Nery, Milton da Costa e Tarcila do Amaral, entre outros autores cujas obras da mesma forma que acabei de citar ganham também espaço no passar do tempo e na admiração que a arte provoca.
Essas obras poderiam ter ficado na propriedade particular dos três filhos do jornalista, mas eles decidiram transformá-las em uma galeria de arte aberta à visitação pública. A entrada no centro é pala Rua Cosme Velho. Fico pensando da importância da iniciativa e também funciona como um marco para que outros milionários adotem o mesmo comportamento.
COLEÇÕES – Não importa que suas coleções não sejam tão numerosas como as de Roberto Marinho mas vale a pena preservá-las. Pois muitas vezes um artista só passa a ser admirado depois de sua morte, o que acarreta a redescoberta e valorização de sua pintura e da escultura que criaram.
A vida é assim. Toulouse Lautrec, por exemplo, só teve o reconhecimento de sua importância estética e de suas cores muitos anos após seu falecimento. Ele morreu aos 37 anos de idade e deixou uma ampla coleção de quadros que ficaram como marca estética e colorida do Moulin Rouge, que se tornou famoso e sempre visitado por turistas.
Assim é a arte, assim são a percepção e a emoção humanas diante dos trabalhos que viajaram com seus artistas pelos tempos afora. Podíamos encontrar muiitos outros casos.
MONALISA – A pintura mais famosa do mundo, a Monalisa, foi feita por Da Vinci por encomenda de um comerciante chamado Francesco Giocondo, daí o nome de Lisa Gerardini passou a ser sinônimo de Gioconda, tendência na época em Florença de se estender o nome do marido à mulher. Giocondo e Leonardo se desentenderam, uma vez que Da Vinci estava custando a terminar a obra. Giocondo desistiu de espera e Leonardo passou o resto da vida com o quadro em sua posse. O tempo o valorizou excepcionalmente e ele foi parar no Louvre, no amplo espaço dedicado às pinturas italianas.
A distribuição das obras primas pelos grandes museus do mundo me leva à ideia de que alguém ou alguns se disponham a fazer um levantamento dessas obras eternas e as juntarem num livro com as explicações sobre o que representam e quando foram produzidas. Me lembro não só da ÚLtima Ceia de Leonardo Da Vinci e da Adoração dos Reis Magos, de Rubens, no Museu principal de Madrid.
A história da arte percorre os séculos e se torna inesgotável porque em todos os momentos surgem novos artistas. As obras-primas não têm idade, são eternas, percorrendo o tempo marcado por um relógio sem ponteiros. Esta visualização estou copiando de uma cena de “Morangos Silvestres”, de Ingmar Bergman.
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VITÓRIA DA FRANÇA, VITÓRIA DO CONJUNTO
VITÓRIA DA FRANÇA, VITÓRIA DO CONJUNTO
Foi de um brilho extraordinário a vitória da França na Copa de Moscou. A equipe provou que no futebol o conjunto é tudo. Aliás, no final de sua vida Einstein estabeleceu uma noção completa: o conjunto não é igual à soma das partes. É próprio de si mesmo.
16 de julho de 2018
Pedro do Coutto
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