Receosos com a repercussão negativa que a CPI das Delações pode causar, 25 deputados protocolaram pedido para a retirada de assinatura em documento apresentado para a criação da comissão. No dia 30 de maio, o pedido para a instalação de uma CPI com o objetivo de investigar “possíveis manipulações” em delações premiadas foi entregue com 190 assinaturas. Segundo a assessoria técnica da Câmara, não é possível pedir a retirada de assinatura para a criação de CPI, pois o regimento interno da Casa não permite.
O pedido de abertura da CPI está na mesa de Rodrigo Maia. Há uma semana, o presidente da Câmara disse que a comissão não seria usada como instrumento de pressão contra a Operação Lava-Jato.
HÁ DÚVIDAS — Na verdade, a CPI pode nem ser instalada, por falta de objetividade. “Nós temos que avaliar, porque CPI precisa de fato determinado. Se a CPI tiver um fato determinado, ela pode ser instalada. E, se ela for instalada, ela vai cumprir um objetivo. Ela não será (instalada) analisando qualquer caso. A Câmara não será um instrumento para pressionar para cá ou para lá os advogados” — disse o presidente da Câmara.
Tentaram retirar as assinaturas, nesta terça-feira, os deputados Goulart (PSD-SP), Laura Carneiro (DEM-RJ), Evair Vieira de Melo (PP-ES), Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), Flaviano Melo (MDB-AC), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Giovani Cherini (PP-RS), José Rocha (PR-BA), Osmar Terra (MDB-RS), Darcísio Perondi (MDB-RS), Covatti Filho (PP-RS), Vitor Valim (PROS-CE), Rogério Rosso (PSD-DF), Gonzaga Patriota (PSB-PE), Carlos Henrique Gaguim (DEM-TO), Valdir Colatto (MDB-SC), Rôney Nemer (PP-DF), Toninho Wandscheer (PROS-PR), Alceu Moreira (MDB-RS), Jerônimo Goergen (PP-RS), Jhonatan de Jesus (PRB-RR), Jose Stédile (PSB-RS), Júlio Delgado (PSB-MG), Augusto Carvalho (SD-DF) e Rogério Peninha Mendonça (MDB-SC).
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A CPI fracassou antes mesmo de ser formada. O objetivo é inviabilizar a Lava Jato, sob argumento de que é preciso “descriminalizar a política”. A CPI seria apenas um passo, porque a meta final é o projeto de anistia à corrupção política, mais um sonho que não se realizará, embora esteja sendo acalentado no Planalto e no Congresso, simultaneamente. Em 2016, Rodrigo Maia tentou aprovar a anistia ao Caixa 2, numa sessão noturna de segunda-feira. Não conseguiu. E agora também não conseguir a anistia à corrupção. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A CPI fracassou antes mesmo de ser formada. O objetivo é inviabilizar a Lava Jato, sob argumento de que é preciso “descriminalizar a política”. A CPI seria apenas um passo, porque a meta final é o projeto de anistia à corrupção política, mais um sonho que não se realizará, embora esteja sendo acalentado no Planalto e no Congresso, simultaneamente. Em 2016, Rodrigo Maia tentou aprovar a anistia ao Caixa 2, numa sessão noturna de segunda-feira. Não conseguiu. E agora também não conseguir a anistia à corrupção. (C.N.)
20 de junho de 2018
Bruno Góes
O Globo
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