Vitória - Engraçado ver a Gleisi falar que uma tal “milícia” quer matar o ex-presidente Lula. Engraçado, sim, porque ela própria prega a violência (“Para prender o Lula, vai ter que matar muita gente”). E o Lula, mais de uma vez, já disse que a qualquer momento pode acionar o “Exército Vermelho” do Stédeli para tocar fogo no país.
Agora, vítima da selvageria que propalam, os petistas estão com medo de sair às ruas diante de tanta hostilidade. Já foram recebidos com ovos, pedradas e, agora, tiros no ônibus. Indignado com a chuva de ovos que caia no palanque que discursava, Lula pediu que a polícia subisse ao prédio, identificasse o “oveiro” e aplicasse nele um “corretivo”, gíria policial que significa “bater”, “dar porrada”, “ensinar através da força bruta”.
Esses atentados aos petistas são muito estranhos. O último deles aconteceu no Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Os terroristas se aproveitaram da ausência de pessoas no local, às 22h, do dia 31 de julho de 2015, e jogaram um artefacto explosivo contra o prédio. O PT fez um barulho danado, mas depois silenciou. O atentado aos ônibus guarda alguma semelhança: praticado de forma a evitar feridos, envolto em mistério e não há testemunha ocular. São tão meticulosamente bem perpetrados que não deixam pistas para a polícia descobrir alguma coisa. Depois, com o tempo, caem no esquecimento.
E por que esses atentados só acontecem contra o pessoal do PT em momentos de crise política do partido? É o que a polícia deveria descobrir para saber a motivação do crime. Enquanto os responsáveis não forem descobertos, é legítimo supor em uma provocação por parte da ala mais radical do PT para chamar a atenção para o julgamento do Lula no próximo dia 4. Só a conclusão das investigações vai dirimir essas dúvidas. Mas a senadora deve ser ouvida depois que disse publicamente que uma tal “milícia armada” estaria por trás do atentando.
A palavra violência está no cardápio dos petistas. Gleisi, por exemplo, indignou-se com os tiros no ônibus, mas se omitiu quando um repórter do Globo foi espancado com chutes e socos por um segurança da caravana de Lula. Não se ouviu dessa senhora nenhuma reprovação ao brutamontes que esbofeteou o jornalista diante dos exaltados militantes petistas. Políticos, a exemplo de Geraldo Alckmin, dizem que o PT está colhendo o que plantou. E é verdade. Os petistas, liderados pela dupla Lula/Dilma, não se conformam com o processo de impeachment legal e constitucional. Sempre que podem incitam o ódio e a brutalidade. Ignoram as invasões às repartições públicas, o fechamento das rodovias e fazem ameaças de quebra-quebra caso o chefe seja preso.
A senadora Gleisi há muito tempo não respeita as instituições. Porta voz do Lula, na condição de presidente do PT, ela virou bucha de canhão do partido. Como marionete, reproduz gestos e palavras mais duras do chefe contra tudo e todos. Responde a processo no STF por envolvimento na Lava Jato, mas continua desafiando o tribunal quando diz que os julgamentos ali são de cartas marcadas, acusando os ministros de defenderem seus próprios interesses. Não se preocupa com a sua retaguarda nem com a história de outros militantes radicais que hoje estão guardados em presídios por assumirem os malfeitos do chefe.
Gleisi está cada vez mais apaixonada pela causa lulista. Entrega-se de corpo e alma à defesa do ex-presidente mesmo que isso prejudique a sua imagem e dificulte a sua reeleição no Paraná, estado que representa no Congresso Nacional. Se olhasse para trás, sem muito esforço veria que estão na cadeia muitos petistas que também se sacrificaram pela causa lulista que deixou de ser política para virar um caso de polícia.
Lula mantém a candidatura para pressionar os tribunais que julgam seus processos de corrupção. No momento em que sair do páreo, vira alvo fácil da justiça que pode mandá-lo para a cadeia. Ele já sabe que pela lei da Ficha Limpa é inelegível, carta fora do baralho, mas não quer largar a rapadura para não perder o status de candidato a presidente que supostamente lhe daria imunidade.
Gleisi é hoje a companhia mais próxima de Lula porque guarda a chave do cofre do fundo partidário. Durante a campanha deste ano ela é responsável pela distribuição dos milhões de reais aos candidatos do partido. Será, então, paparicada pelo grupo do Lula que vai exigir privilégios financeiros para alguns parceiros. É o começo do martírio. Sem mandato – é improvável que se reeleja no Paraná – terá a difícil missão de responder pelas contas do partido junto aos órgãos fiscalizadores, o que outros tentaram e terminaram na cadeia.
Gleisi, infelizmente, não seria o único militante petista que Lula deixaria às moscas. Os presídios estão lotados de muitos deles que dividiram a primeira fileira de cadeiras do teatro Lula.
Atenção: Dorgival, o ET, avisa que gratifica a quem devolver a sua nave roubada na Praça dos Três Poderes. Ele quer voltar a sua galáxia depois da sessão do STF, no dia 4, que vai julgar o habeas-corpus do Lula.
01 de abril de 2018
Jorge Oliveira
Esses atentados aos petistas são muito estranhos. O último deles aconteceu no Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Os terroristas se aproveitaram da ausência de pessoas no local, às 22h, do dia 31 de julho de 2015, e jogaram um artefacto explosivo contra o prédio. O PT fez um barulho danado, mas depois silenciou. O atentado aos ônibus guarda alguma semelhança: praticado de forma a evitar feridos, envolto em mistério e não há testemunha ocular. São tão meticulosamente bem perpetrados que não deixam pistas para a polícia descobrir alguma coisa. Depois, com o tempo, caem no esquecimento.
E por que esses atentados só acontecem contra o pessoal do PT em momentos de crise política do partido? É o que a polícia deveria descobrir para saber a motivação do crime. Enquanto os responsáveis não forem descobertos, é legítimo supor em uma provocação por parte da ala mais radical do PT para chamar a atenção para o julgamento do Lula no próximo dia 4. Só a conclusão das investigações vai dirimir essas dúvidas. Mas a senadora deve ser ouvida depois que disse publicamente que uma tal “milícia armada” estaria por trás do atentando.
A palavra violência está no cardápio dos petistas. Gleisi, por exemplo, indignou-se com os tiros no ônibus, mas se omitiu quando um repórter do Globo foi espancado com chutes e socos por um segurança da caravana de Lula. Não se ouviu dessa senhora nenhuma reprovação ao brutamontes que esbofeteou o jornalista diante dos exaltados militantes petistas. Políticos, a exemplo de Geraldo Alckmin, dizem que o PT está colhendo o que plantou. E é verdade. Os petistas, liderados pela dupla Lula/Dilma, não se conformam com o processo de impeachment legal e constitucional. Sempre que podem incitam o ódio e a brutalidade. Ignoram as invasões às repartições públicas, o fechamento das rodovias e fazem ameaças de quebra-quebra caso o chefe seja preso.
A senadora Gleisi há muito tempo não respeita as instituições. Porta voz do Lula, na condição de presidente do PT, ela virou bucha de canhão do partido. Como marionete, reproduz gestos e palavras mais duras do chefe contra tudo e todos. Responde a processo no STF por envolvimento na Lava Jato, mas continua desafiando o tribunal quando diz que os julgamentos ali são de cartas marcadas, acusando os ministros de defenderem seus próprios interesses. Não se preocupa com a sua retaguarda nem com a história de outros militantes radicais que hoje estão guardados em presídios por assumirem os malfeitos do chefe.
Gleisi está cada vez mais apaixonada pela causa lulista. Entrega-se de corpo e alma à defesa do ex-presidente mesmo que isso prejudique a sua imagem e dificulte a sua reeleição no Paraná, estado que representa no Congresso Nacional. Se olhasse para trás, sem muito esforço veria que estão na cadeia muitos petistas que também se sacrificaram pela causa lulista que deixou de ser política para virar um caso de polícia.
Lula mantém a candidatura para pressionar os tribunais que julgam seus processos de corrupção. No momento em que sair do páreo, vira alvo fácil da justiça que pode mandá-lo para a cadeia. Ele já sabe que pela lei da Ficha Limpa é inelegível, carta fora do baralho, mas não quer largar a rapadura para não perder o status de candidato a presidente que supostamente lhe daria imunidade.
Gleisi é hoje a companhia mais próxima de Lula porque guarda a chave do cofre do fundo partidário. Durante a campanha deste ano ela é responsável pela distribuição dos milhões de reais aos candidatos do partido. Será, então, paparicada pelo grupo do Lula que vai exigir privilégios financeiros para alguns parceiros. É o começo do martírio. Sem mandato – é improvável que se reeleja no Paraná – terá a difícil missão de responder pelas contas do partido junto aos órgãos fiscalizadores, o que outros tentaram e terminaram na cadeia.
Gleisi, infelizmente, não seria o único militante petista que Lula deixaria às moscas. Os presídios estão lotados de muitos deles que dividiram a primeira fileira de cadeiras do teatro Lula.
Atenção: Dorgival, o ET, avisa que gratifica a quem devolver a sua nave roubada na Praça dos Três Poderes. Ele quer voltar a sua galáxia depois da sessão do STF, no dia 4, que vai julgar o habeas-corpus do Lula.
01 de abril de 2018
Jorge Oliveira
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