Irmã Clara era o nome da Freira que ministrou o curso preparatório do catecismo de minha primeira comunhão. Sou católico. Me lembro como se fosse hoje. Findo esse preparatório tomei minha Primeira Comunhão mas no final de tudo o fato de ter acabado aquelas aulas de catecismo me deixou deprimido. Foi quando pedi para meu pai que me levasse até a Irmã Clara, que morava num espécie de pequeno convento. Deveria ter uns 10 anos de idade
Meu pai atendeu o meu pedido. Irmã Clara apareceu na janela e eu fiquei olhando, quando ela abanou com uma das mãos. Passado todos esses anos lembro-me de sua fisionomia. Tinha a tês clara e usava um daqueles óculos de aros redondos.
Anos mais tarde, na adolescência, fui me tornando agnóstico e, na idade adulta, ateu convicto. Foi um pulo para chegar até o esquerdismo. Mas me dou por satisfeito e muito feliz por ter em boa hora, (faz um bom tempo) renegado essa ideologia abjeta. E, mais ainda por ter a força que me permite uma reconciliação com essa fonte suprema e misteriosa que faz a vida existir.
E compreendi de forma profunda a injunção do ateísmo como sendo o mais poderoso instrumento do comunismo na sua tentativa de demolição da cultura ocidental.
Compreendi também como a fé nessa força misteriosa que move o universo infinito continua mantendo intacta a matriz cultural judaico-cristã sobre a qual repousa a cultura ocidental e que em nenhum momento como agora, ao longo de mais de 2 mil anos, tem sido alvo do mais insidioso ataque que pretende destruí-la conforme se verifica neste início do século XXI. O que seria o caminho mais curto para a barbárie!
Pressinto que os arautos do mal não lograrão sucesso. Justamente porque há mais de 2 milênios se repete, como agora, a história de Jesus. Festeja-se neste domingo a Páscoa; porque Ele subiu à eternidade infinita como rezam as escrituras.
Dito isto, aproveito a oportunidade para transcrever um pequeno texto dos Tradutores de Direita, que é a legenda explicativa do vídeo que ilustra esta postagem. O vídeo é curto e singelo mas explica muito. Leiam:
Aos amigos agnósticos e não religiosos desta comunidade, pedimos licença para observar esta data muito especial para o Cristianismo. Como muitos cristãos, mundo afora, descansaremos hoje de nossas atividades cotidianas para recordarmos da maior expressão de amor já testemunhada pelos homens, registrada no tempo e na história há mais de dois milênios.
Em homenagem Àquele que fez cair sobre si o peso de nossas iniquidades, os Tradutores de Direita apresentam este vídeo especial de Páscoa. Narrada pelo Cardeal Fulton Sheen (1895 – 1979), esta linda apresentação ilustra, de maneira perfeita, a Paixão de Cristo segundo descrita pelo profeta Isaias:
“Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.” (53:4-6)
Cristo, o Portador de Pecados.
Tradução: Andrey Costa
Revisão: hsilver
01 de abril de 2018
in aluzio amorim
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