A Polícia Federal (PF) cumpre nesta quinta-feira 11 mandados de busca e apreensão, sendo alvos da operação o ex-governador de Alagoas Teotônio Vilela (PSDB) e o ex-secretário de Infraestrutura Marco Fireman — atualmente secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde. Os agentes passaram mais de duas horas na casa de Teotônio e deixaram o local com um malote. Ele foi senador, governador eleito e reeleito, além de presidente tucano de 1996 a 2001. As informações são do “Bom Dia, Brasil”, da TV Globo.
A ação acontece em quatro estados: Maceió (AL), Salvador (BA), Limeira (SP) e Brasília (DF). A PF investiga irregularidades nas obras do Canal do Sertão, entre os anos de 2009 e 2015. A operação, batizada de “Caríbdis”, faz referência a uma criatura da mitologia grega que deixa as águas turbulentas.
PROPINAS – Em abril, o Globo mostrou que o dinheiro de obras contra a seca foi usado para pagar propina ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o atual governador de Alagoas Renan Filho e o ex-governador daquele estado Teotônio Vilela.
Os três são acusados de receber R$ 13,3 milhões da Odebrecht. Para Teotônio, os delatores da empreiteira disseram ter pago R$ 2.8 milhões, só no período em que ele era governador e um dos responsáveis diretos pelo Canal.
As fraudes nas obras destinadas a mitigar os efeitos da seca em Alagoas foram denunciadas pelos ex-executivos João Antônio Pacífico, ex-diretor da Odebrecht no Nordeste, Airel Parente e Alexandre Biselli, entre outros ex-dirigentes da empreiteira. Segundo eles, num primeiro momento, houve um acerto coM ex-auxiliares de Teotônio Vilela para direcionar os lotes 3 e 4 do Canal para a Odebrecht e a OAS.
NO CRONOGRAMA – Pelo acordo, as empreiteiras teriam que pagar uma propina equivalente a 2,25% do valor da obra. O pagamento da propina ocorreria de acordo com o cronograma de desembolso do governo para o custeio das obras.
O Canal do Sertão tem por objetivo levar água para mais de um milhão de pessoas numa das regiões mais secas e pobres da América Latina. A escassez de água é uma das principais causas do subdesenvolvimento econômico da região. Pelo projeto original, o canal teria 250 quilômetros de extensão ao custo de R$ 1,5 bilhão. O governo gastou R$ 2 bilhões e, até agora, só 107 quilômetros foram concluídos.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que “os policiais estiveram no gabinete do secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Marco Fireman, então secretário de Infraestrutura do Estado. Não foram levados documentos ao final da busca e o secretário está à disposição da PF para prestar todos os esclarecimentos.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em Minas Gerais, Aécio Neves manchou o nome de seu avô, apenas por ganância, porque já nasceu rico. Agora, em Alagoas, a cena se repete com Teotônio Vilela Filho, que também nasceu rico e joga no lixo o nome de seu pai, o lendário “Menestrel das Alagoas”, homenageado pela canção de Milton Nascimento e Fernando Brant. Quanto à família Calheiros, é um caso perdido de desvio genético de caráter. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em Minas Gerais, Aécio Neves manchou o nome de seu avô, apenas por ganância, porque já nasceu rico. Agora, em Alagoas, a cena se repete com Teotônio Vilela Filho, que também nasceu rico e joga no lixo o nome de seu pai, o lendário “Menestrel das Alagoas”, homenageado pela canção de Milton Nascimento e Fernando Brant. Quanto à família Calheiros, é um caso perdido de desvio genético de caráter. (C.N.)
01 de dezembro de 2017
Deu em O Globo
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