"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

PF MIRA TEOTÔNIO VILELA EM CERCO À CORRUPÇÃO NO CANAL DO SERTÃO ALAGOANO

PF CITA EX-SECRETÁRIO E ROMBO DE R$ 33 MILHÕES EM OBRA HÍDRICA

TRECHOS SUSPEITOS DO CANAL DO SERTÃO FORAM LICITADOS NO GOVERNO TÉO VILELA (FOTO: DIVULGAÇÃO)

A Superintendência Regional da Polícia Federal em Alagoas e o Ministério Público Federal deflagraram nesta quinta-feira (30) a Operação Caribdis, que miram um esquema de propina na obra do Canal do Sertão Alagoano, na gestão do ex-governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). São cumpridos 11 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal de Alagoas, em Maceió, na área metropolitana da capital alagoana, além das cidades de Salvador-BA, Limeira-SP e Brasília-DF.

O objetivo da ação é complementar provas colhidas inquérito policial instaurado com a finalidade de apurar a suposta prática dos crimes de fraude a licitação, desvio de verbas públicas (peculato), corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, todos relacionados aos lotes 3 e 4 do Canal do Sertão, ambos licitados pela Secretaria de Infraestrutura do Governo do Estado de Alagoas, na gestão do governador tucano, com ilícitos registrados entre 2009 e 2014.

O Supremo Tribunal Federal autorizou a Polícia Federal a utilizar provas decorrentes de colaborações premiadas de pessoas relacionadas à Construtora Norberto Odebrecht no aludido procedimento investigativo. A elas se somaram relatórios do Tribunal de Contas da União, constatando sobrepreço em contrato firmado entre o Governo de Alagoas a referida empresa no montante de R$ 33.931.699,46.

Também restou apurado na investigação a existência de acordo de divisão de lotes da obra com a Construtora OAS.

Dentre os investigados encontram-se o ex-governador Teotonio Vilela Filho e o Secretário de Infraestrutura do Estado de Alagoas, Marco Fireman, além de outros indivíduos ligados às citadas empresas e órgãos públicos.

Todo o material arrecadado será encaminhado à Superintendência da PF em Alagoas, onde será analisado. A soma das penas máximas atribuídas aos delitos citados pode chegar a 46 anos de prisão.

A PF realizará coletiva em sua sede em Alagoas, no bairro do Jaraguá, em Maceió.

A assessoria do ex-governador Teotonio Vilela Filho disse que ele se posicionará após a coletiva da PF. E o Diário do Poder aguarda o posicionamento do ex-secretário Marco Fireman.


30 de novembro de 2017
diário do poder

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