O operador Edimar Moreira Dantas afirmou, em delação premiada, que a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) pagou R$ 4,8 milhões em propina ao governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB). Os repasses, segundo o depoimento, aconteceram entre julho de 2014 e maio de 2015. Pezão assumiu o governo em abril de 2014, depois da renúncia de Sérgio Cabral (PMDB), que hoje está preso.
As referências aos pagamentos aparecem em planilhas entregues por Dantas e pelo doleiro Álvaro José Novis como provas de corroboração das colaborações firmadas com o Ministério Público Federal (MPF) — as delações foram homologadas pelo ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
CODINOMES – As anotações trazem os codinomes “Pé Grande” e “Grande”. Novis e Dantas trabalhavam na corretora Hoya, usada para lavar dinheiro do esquema de corrupção de Cabral, e se tornaram colaboradores após o avanço das investigações. As informações sobre a acusação de propina a Pezão foram divulgadas ontem pela TV Globo e confirmadas pelo Globo.
Segundo o delator, foram cinco repasses, com valores que variavam entre R$ 350 mil e R$ 3 milhões. Do montante, de acordo com o depoimento, R$ 4 milhões foram pagos em julho e agosto de 2014, quando Pezão disputava a eleição. O restante, R$ 850 mil, foi repassado em abril e maio de 2015. O delator afirmou que as ordens de pagamento partiam do empresário José Carlos Lavouras, então presidente do Conselho de Administração da Fetranspor.
OPERADOR – O dinheiro teria sido entregue a Luiz Carlos Vidal Barroso, conhecido como Luizinho, apontado como operador de Pezão. Luizinho é homem de confiança do governador e funcionário do governo do estado desde 2013, com um salário de R$ 13 mil. Anteriormente, passou pela Prefeitura de Piraí, onde foi secretário municipal de Transporte e Trânsito. Em abril, O Globo já havia revelado que Novis havia narrado na delação o mecanismo de entregas de propina a Pezão, por meio do repasse de recursos em espécie a Luizinho.
Outro delator, o advogado Jonas Lopes Neto, filho do ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Jonas Lopes, disse que Pezão teve R$ 900 mil em despesas pessoais pagas com recursos de empresas da área de alimentação que tinham contratos com o governo. Segundo ele, a verba foi arrecadada pelo subsecretário de Comunicação Marcelo Santos Amorim, casado com uma sobrinha do governador.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Pezão sempre foi corrupto. Era o principal cúmplice de Cabral no primeiro mandato, quando se tornou Secretário de Obras. Agora, diz que assinava os contratos superfaturados sem saber de nada. É um político sinistro que já deveria ter sido cassado há muito tempo. Na planilha, tinha os codinomes “Pé Grande” e “Grande”, mas merece trocar de apelido e passar a ser simplesmente “Mão Grande”. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Pezão sempre foi corrupto. Era o principal cúmplice de Cabral no primeiro mandato, quando se tornou Secretário de Obras. Agora, diz que assinava os contratos superfaturados sem saber de nada. É um político sinistro que já deveria ter sido cassado há muito tempo. Na planilha, tinha os codinomes “Pé Grande” e “Grande”, mas merece trocar de apelido e passar a ser simplesmente “Mão Grande”. (C.N.)
21 de novembro de 2017
Marco Grillo
O Globo
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