"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

BRIGA DE JANOT E SEGÓVIA É ÓTIMA E PRECISA SER INCENTIVADA, PARA CLAREAR A SITUAÇÃO

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Segóvia foi atacar Janot e levou logo uma cacetada
O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot questionou as declarações do novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, que criticou nesta segunda-feira (20) a denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer. Mais cedo, após tomar posse, Segovia afirmou que se a apuração sobre Temer estivesse “sob a égide” da PF, e não da PGR, a corporação pediria mais tempo para avaliar “se havia ou não corrupção”. Disse ainda que “uma única mala” “talvez” seja insuficiente para comprovar se os investigados cometeram crime de corrupção.
Em relatório entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF), em junho, a própria Polícia Federal afirmou que as evidências colhidas na investigação indicavam “com vigor” que Temer cometeu o crime de corrupção passiva.
JANOT NO ATAQUE – Em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”, Rodrigo Janot criticou a declaração e questionou os motivos para a fala de Segovia. “A pergunta que não quer calar é: ele se inteirou disso ou ele está falando por ordem de alguém?”, disse Janot, que compartilhou a entrevista em sua conta pessoal no Twitter.
Ao comentar as declarações, Janot apontou desconhecimento por parte de Segovia do trabalho desenvolvido pela Polícia Federal durante as investigações e disse que o novo diretor da PF “precisa dar uma estudadinha” na lei processual.
“O doutor Segovia precisa estudar um pouquinho direito processual penal. Nós tínhamos réus presos [durante o inquérito]. Em havendo réu preso – se ele não sabe disso é preciso dar uma estudadinha –, o inquérito tem que ser encerrado num prazo curto, e a denúncia, oferecida, senão o réu será solto. Então, nós tínhamos esse limitador”, disse Janot à “Folha”.
HOMEM DA MALA – “Não era um preso qualquer, era um deputado federal [Rocha Loures] que andou com uma mala de R$ 500 mil em São Paulo, depois consigna a mala [devolve à polícia]. Faltava 7% do dinheiro, ele faz um depósito bancário para complementar o que faltava e o doutor Segovia vem dizer que isso aí é muito pouco? Para ele, então, a corrupção tem que ser muita, para ele R$ 500 mil é muito pouco? É estarrecedor”, criticou o ex-procurador-geral.
Janot afirmou também que, ao criticar a delação dos executivos da JBS, o novo diretor da PF se acha acima de todas as instituições”.
“O doutor Segovia avança sobre duas decisões do STF [favoráveis à homologação da delação]. Ele se julga, além de juiz do Ministério Público Federal, também juiz do Supremo? Explicar o quê [sobre o acordo]? Esse moço se acha acima de todas as instituições, e ele é só diretor da Polícia Federal, uma instituição respeitadíssima, mas vinculada hierarquicamente ao ministro da Justiça e ao presidente da República, que, aliás, estava na posse dele. Nunca vi um presidente da República ir à posse de um diretor-geral”, disse Janot.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A briga não é boa, é ótima, porque os dois têm razão e a verdade ainda está lá fora, tipo Arquivo X. Janot errou ao pedir a prisão de Rocha Loures, devia gravar mais conversas dele, segui-lo e filmá-lo de novo, como diz Segóvia. Janot errou também ao deixar os donos da JBS à vontade para dar golpe no mercado, com informação privilegiada. Mas Segóvia está errado ao insinuar que a mala de dinheiro não é prova também contra Temer. Se insistir nesta palhaçada, vai destruir sua carreira. Devia seguir o exemplo da procuradora Raquel Dodge e jogar o jogo.  Conforme já afirmamos aqui na TI, ninguém conseguirá manipular a Procuradoria nem a Polícia Federal. O gestor que tentar fazê-lo vai se liquidar, porque a notícia imediatamente será “vazada” pela corporação. Por tudo isso, a briga de Janot e Segóvia é ótima e deve ser incentivada por todos nós. (C.N.)


21 de novembro de 2017
Deu no G1, Brasília

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