A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira, a 43ª e a 44ª fases da Lava-Jato no Rio de Janeiro e em São Paulo. O ex-deputado federal Cândido Vaccarezza, ex-PT, é um dos alvos de prisão temporária. É a primeira vez que a PF realiza duas fases da operação ao mesmo tempo. As operações foram batizadas de Sem Fronteiras (no Rio) e Abate (em São Paulo), respectivamente. Vaccarezza é investigado por receber boa parte dos US$ 500 mil oruindos em propina do esquema, segundo o Ministério Público Federal, “agindo em nome do Partido dos Trabalhadores”.
Foram expedidas 46 ordens judiciais, sendo seis mandados de prisão temporária (um em São Paulo e cinco no Rio), 29 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva. Todos os presos devem ser encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
DUAS OPERAÇÕES – Segundo a PF, a Operação Sem Fronteiras, que ocorre no Rio de Janeiro, mira a relação entre executivos da Petrobras e grupos de armadores estrangeiros para “obtenção de informações privilegiadas e favorecimento obtenção de contratos milionários” com a estatal.
A Operação Abate, por sua vez, ocorre em São Paulo e investiga um grupo criminoso que seria “apadrinhado” por Vaccarezza. A PF suspeita que o ex-parlamentar utilizava influência para obter contratos da Petrobras com uma empresa estrangeira, que teria direcionado recursos para pagamentos indevidos a executivos da estatal e agentes públicos e políticos, além do próprio ex-deputado.
PROPINAS – Em 2015, a Polícia Federal indiciou Vaccarezza em meio às investigações da Operação Lava-Jato, por recebimento de propina derivada de contratos da Petrobras. O inquérito apontava indícios de corrupção passiva dos três políticos.
Segundo o documento, Vaccarezza teria recebido em seu apartamento, em São Paulo, valores do doleiro Alberto Youssef, personagem central da Lava-Jato, a mando do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, para a sua campanha à Câmara de 2010.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Apesar do intenso boicote do governo Temer, a Lava Jato prossegue inexoravelmente, mostrando a garra dos jovens integrantes da Justiça Federal, da Procuradoria da República, da Polícia Federal e da Receita, que ensinam às gerações anteriores que a corrupção não pode continuar impune. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Apesar do intenso boicote do governo Temer, a Lava Jato prossegue inexoravelmente, mostrando a garra dos jovens integrantes da Justiça Federal, da Procuradoria da República, da Polícia Federal e da Receita, que ensinam às gerações anteriores que a corrupção não pode continuar impune. (C.N.)
18 de agosto de 2017
Juliana ArreguyO Globo
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