"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO






Que fase tétrica vive o Brasil das instituições perdidas e corrompidas pela ação do Crime – que tem dimensão transnacional. A estupidez ou malandragem calculada de Michel Temer em relação a uma rica reserva mineral na Amazônia conseguiu trazer para a cena do suposto crime de lesa-pátria ninguém menos que Gilmar Mendes – alvo de polêmicas pelo que anda falando e decidindo. 

O Supremo ministro deu 10 dias para Temer (que está fazendo negócios na reunião dos Brics, na China) se manifestar sobre a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados, na divisa do Amapá com o Pará.

Gilmar Mendes – que também está em viagem internacional, na Romênia – pediu que a Advocacia Geral da União teria interesse em entrar no mandado de segurança que o PSOL moveu questionando o temerário decreto. Gilmar foi tão rápido que acionou Temer e a AGU antes mesmo de o partido desistir da ação. Estranho que tenham desistido de questionar por que Temer resolveu autorizar, sem consultar o Congresso nacional, que fosse extinta a reserva e ampliada a autorização para exploração mineral em uma área riquíssima em ouro, cobre, ferro, manganês e o valioso tântalo.

Nada de anormal em uma colônia de exploração global, como o Brasil, que não cuida devidamente da Amazônia e pode perdê-la futuramente... Michel Temer apenas fez o que outros presidentes da Nova República têm feito: “Entregam o ouro do Brasil” – no sentido conotativo ou denotativo. Temer, que pode sofrer mais uma denúncia do Janot de saideira, não vai cair. Ainda sairá do poder, no momento legalmente previsto, como grande herói da oligarquia globalitária com a qual acertará grandes privatarias.
No mais, nesta republiqueta entreguista e desqualificada, a Lava Jato e afins serão mais sabotadas que nunca. Pode programar na agendinha que o Supremo Tribunal Federal vai rever aquela decisão (aliás, inconstitucional) de permitir prisão por condenação em segunda instância colegiada. Voltará a valer a regra de prisão só depois de esgotados todos os infindáveis recursos – o tal do “transitado em julgado”.
E assim nos preparamos para o “Fla-Flu” eleitoral de 2018...

Sem catarata...

Do professor Silas Ayres, uma irônica indagação médico-filosófica no faceboo

“Depois de uma série de exames, consegui operar a minha catarata.
Segundo o médico que me operou foi um sucesso, uma MARAVILHA.
Diz ele que em um mês verei o mundo com outros olhos, ficarei surpreendido com a maravilha de ver a realidade como ela é. Aí reside o problema... E se eu descobrir que o Brasil e o mundo estão pior do que eu pensava? Peço a minha catarata de volta? Sei não...”

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

31 de agosto de 2017
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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