Sem perceber, Lula confirmou em entrevista trecho delatado por João Santana à Lava JatoFOTO: RICARDO STUCKERT |
No “Termo de Colaboração 9”, João Santana revelou à Lava Jato detalhes das negociações que antecederam a primeira eleição de Dilma Rousseff.
De acordo com o marqueteiro do PT, o partido cogitava nomes como José Alencar, Henrique Meirelles e Nelson Jobim para vaga de vice-presidente na chapa. Mas o PMDB, ainda que com demandas abusivas, oferecia em troca quase três minutos de horário eleitoral por edição. Na ocasião, o então presidente Lula não resistiu à tentação e concordou com a nomeação de Michel Temer.
Em descarada campanha antecipada pelo Nordeste, o ex-presidente foi questionado se havia algum arrependimento pela articulação para colocar Temer no Palácio do Jaburu. Na resposta, sem aparente hesitação, Lula confirmou o trecho delatado por Santana:
“Em 2010, a aliança era importante por tempo de televisão. Em 2014 já não era tão importante colocar o Temer como vice do ponto de vista eleitoral, mas era do ponto de vista da governabilidade.“
Dias antes, ainda na referida agenda pelo Nordeste, Lula usou argumento semelhante a este para defender o apoio que recebia de Renan Calheiros, membro do mesmo PMDB que fora cansativamente chamado de golpista pelo petismo.
“Eu estou convencido que a aliança política continua necessária. O Renan pode ter todos os defeitos, mas me ajudou a governar esse país.”
Mesmo reconhecendo que há defeitos gritantes no senador peemedebista, Lula aceitou a aliança em benefício da governabilidade, ou o mesmo argumento utilizado para justificar o acordo com Michel Temer, que o petista ainda chama de golpista.
Se o esquerdista não faz a menor questão de aprender com os próprios equívocos, que o eleitor absorva a lição e evite repetir o erro em 2018.
29 de agosto de 2017
implicante
Em descarada campanha antecipada pelo Nordeste, o ex-presidente foi questionado se havia algum arrependimento pela articulação para colocar Temer no Palácio do Jaburu. Na resposta, sem aparente hesitação, Lula confirmou o trecho delatado por Santana:
“Em 2010, a aliança era importante por tempo de televisão. Em 2014 já não era tão importante colocar o Temer como vice do ponto de vista eleitoral, mas era do ponto de vista da governabilidade.“
Dias antes, ainda na referida agenda pelo Nordeste, Lula usou argumento semelhante a este para defender o apoio que recebia de Renan Calheiros, membro do mesmo PMDB que fora cansativamente chamado de golpista pelo petismo.
“Eu estou convencido que a aliança política continua necessária. O Renan pode ter todos os defeitos, mas me ajudou a governar esse país.”
Mesmo reconhecendo que há defeitos gritantes no senador peemedebista, Lula aceitou a aliança em benefício da governabilidade, ou o mesmo argumento utilizado para justificar o acordo com Michel Temer, que o petista ainda chama de golpista.
Se o esquerdista não faz a menor questão de aprender com os próprios equívocos, que o eleitor absorva a lição e evite repetir o erro em 2018.
29 de agosto de 2017
implicante
Nenhum comentário:
Postar um comentário