"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

FUFUCA QUERIA COLOCAR EM VOTAÇÃO A REFORMA POLÍTICA, MAS AINDA NÃO HÁ CLIMA

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Fufuca parece uma nova versão de Rodrigo Maia
Após quase duas horas de reunião, líderes da base e da oposição disseram que ainda não há consenso para votar a reforma política no plenário da Câmara. Deputados se reuniram nesta terça-feira, dia 29, para tentar viabilizar a aprovação das propostas que tramitam na Casa, mas, novamente, não chegaram a um acordo.
Presidente interino da Câmara, deputado André Fufuca (PP-MA), disse que pretende colocar em votação nesta quarta-feira, 30, a proposta de emenda à Constituição relatada pela deputada Shéridan (PSDB-RR), que acaba com as coligações nas eleições proporcionais e estabelece uma cláusula de barreira. Ele, no entanto, admitiu que a proposta pode ser derrotada em plenário.
CABEÇAS PENSANTES – “Você tem 513 cabeças pensantes no Congresso, então é difícil chegar a um consenso em uma matéria. Pode não ter unanimidade, mas tem uma certa unidade. Vamos colocar em votação e aquela medida que tiver a votação necessária, será aprovada, senão, é derrotada”, disse Fufuca.
Os partidos menores não concordam que o fim da possibilidade de formar coligações com outros partidos aconteça já nas eleições de 2018, como foi aprovado na comissão, e sugeriram apresentar um destaque para que essa medida passasse a valer somente em 2020, como previa o texto original.
O PP, no entanto, não aceitou o acordo, e sugeriu que fosse elevada a cláusula de barreira de 2,5% já para 2018. Pelo texto que será levado a plenário, terão acesso ao fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na TV os partidos que obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, 1,5% dos votos válidos em ao menos nove Estados.
NADA DECIDIDO – “Conversamos, conversamos, conversamos, e não decidimos nada”, disse o líder do PSD na Câmara, deputado Marcos Montes (MG).
Segundo o parlamentar, há ainda menos consenso para votar a PEC relatada do deputado Vicente Cândido, que propõe a adoção do distritão em 2018 e 2020 e a criação de um fundo público para financiamento de campanhas. A votação da proposta já foi adiada pelo menos três vezes em plenário.
“Tudo que precisar de 308 votos, não passa”, afirmou o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE), sobre o número de votos necessários para aprovar uma emenda à Constituição no plenário.
ADIAMENTO – Diante do impasse, o líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que novas conversas serão realizadas, mas não descartou a possibilidade de votação das propostas sobre a reforma política serem novamente adiadas.
A reunião desta terça aconteceu na residência oficial da presidência da Câmara e contou com a presença de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que está interinamente como presidente da República por conta da viagem de Michel Temer à China. Participaram do encontro líderes tanto da base como da oposição.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Em todo o país, não se fala em outra coisa. É fufuca aqui, fufuca ali, todo mundo querendo fufucar. E na Mesa da Câmara, o ilustre representante do PP está cheio de gás e quer colocar logo a reforma em votação, para mostrar como dar uma fufucada.  (C.N.)


30 de agosto de 2017
Deu no Estadão

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