"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 6 de maio de 2017

UMA GRAÇA A NOSSA 'DEMOCRACIA'...MUITO FOFA! ELES FORAM HUMILHADOS...

KAKAY AFIRMA QUE HUMILHAÇÃO DE SUSPEITOS VIROU PENA ACESSÓRIA E DESUMANA
PARA KAKAY, SUPEREXPOSIÇÃO DE SUSPEITOS INDUZ PRÉ-JULGAMENTO

ANTONIO CARLOS DE ALMEIDA CASTRO CITA PAÍSES ONDE A EXPOSIÇÃO DE SUSPEITOS NÃO É TOLERADA.


A superexposição e a espetacularização dos depoimentos de investigações brasileiras, pela mídia e por autoridades, foram alvos de crítica do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, um dos criminalistas mais requisitados de Brasília.

Ele se referia à divulgação em que Wagner Jordão, um dos acusados na Operação Calicute, do Rio de Janeiro, acusado de ser um dos operadores da quadrilha chefiada pelo ex-governador Sérgio Cabral, aparece chorando diante do juiz e suplicando prisão domiciliar e se queixando do "inferno" da prisão e das baratas e ratos que infestam sua cela.

“É óbvio que essa superexposição que se faz, principalmente pelos procuradores da Lava Jato... A imprensa tem o direito e o dever de divulgar, mas o juiz permitir e a Procuradoria fazer pré-julgamento, essa superexposição, levando a espetacularização e humilhação das pessoas, é uma pena acessória, é desumano e não leva a um combate correto do crime organizado.”

Kakay destaca que em outros países a exposição de algumas informações sobre uma denúncia antes mesmo do recebimento do processo, prática comum entre procuradores brasileiros, é visto com espanto. “Os procuradores de Portugal não quiseram acreditar e disseram que, se fosse em Lisboa, esses procuradores seriam presos pelo excesso [do uso] de mídia opressiva.”

Já na Suíça, por exemplo, acusados não podem ter fotos divulgadas na imprensa, que só são citados por meio das iniciais de seus nomes, afirma Kakay. O advogado cita ainda um caso em que um condenado, na Áustria, teve o direito de manter sua dignidade garantido por uma comissão europeia de direitos humanos, depois que um jornal austríaco fez pré-julgamento sobre o caso em que estava envolvido. “A pessoa disse que esse pré-julgamento era atentatória aos direitos humanos, aos direitos de dignidade do cidadão.”

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