O ministro da Cultura e presidente do PPS, Roberto Freire, pediu demissão. Ele entregou uma carta ao presidente Michel Temer no fim da tarde desta quinta-feira. Mais cedo, Freire havia defendido eleições indiretas caso o governo não tivesse condições de governar. “Quem tem que decidir é o Congresso. Se o governo não tiver condições de governar, tem que entregar ao Congresso. É o que diz a Constituição Federal — declarou ao Globo o ministro Roberto Freire.
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, também é da sigla, mas ainda não anunciou exoneração. Freire havia dito também que as denúncias a Temer são “graves” e pediu uma “solução o mais rápido possível”. Se ele saísse, disse o chefe da Cultura, isso seria feito com tranquilidade.
“Temos de ter cuidado para não pensar só em nós e esquecer o país. Não podemos fazer o que nos dá na telha. Mas se for necessário, saímos (ele e Jungmann) com a maior tranqüilidade” — completou.
Segundo um cacique do PPS, Raul Jungmann (Defesa) também estava decidido a deixar o cargo se Temer não renunciasse.
PSB DE SAÍDA – Outro partido que anunciou que romperia com o governo caso Temer não renunciasse foi o PSB. O deputado Júlio Delgado (PSB-MG) afirmou que seria convocada uma reunião emergencial da executiva do partido para sexta-feira para discutir o rompimento. Segundo Delgado, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, vai orientar que quem quiser defender o presidente Michel Temer terá de sair do partido. Segundo o deputado, a legenda já está na oposição.
Interlocutores do ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), afirmam que o tucano também decidiu se antecipar à decisão do partido e pedir demissão, mas recuou depois do pronunciamento de Temer e ficou no governo.
19 de maio de 2017
Eduardo Barretto
O Globo
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