O presidente Michel Temer teve um dia cheio, neste sábado, no Palácio do Jaburu. Pela manhã o presidente conversou com o deputado Júlio César, do PSD do Piauí. O parlamentar disse que Michel Temer estava “tranquilo” e a conversa foi apenas sobre o projeto que trata da legalização dos incentivos fiscais dados pelos estados dentro da chamada guerra fiscal. A Câmara dos Deputados pretende votar o projeto já na terça-feira, e o assunto é de especial interesse da bancada do Nordeste, coordenada pelo deputado piauiense.
Em seguida, o presidente almoçou, com os ministros tucanos Aloysio Nunes Ferreira, das Relações Exteriores; Antônio Imbassahy, da Secretaria de Governo; Bruno Araújo, das Cidades; e com o ministro- chefe do Gabinete de Segurança Institucional,Sérgio Etchegoyen.
APOIO TUCANO – Temer sabe que o apoio do PSDB é fundamental, em seu hercúleo esforço para vencer a crise política e tentar se manter no poder. Experientes analistas estão convencidos que o partido dos tucanos é o ‘fiel da balança’ para manter unida base aliada do governo diante de uma das maiores crises políticas vivida pelo país, desde a proclamação da República.
Depois do almoço, foi a vez do ex-presidente José Sarney chegar ao Palácio do Jaburu. José Sarney, com sua experiência e vasto conhecimento dos bastidores da política nacional, procura ajudar o presidente, articulando diretamente o desfecho da crise, mantendo conversações com parlamentares do PMDB e de outros partidos. Mais tarde, Temer encontrou-se com o titular da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco.
Nesta segunda-feira, não obstante a crescente turbulência gerada pela crise política, Michel Temer pretende comparecer, à noite, a um evento empresarial. Será?
LULA COMO AVALISTA – Mas o diálogo mais significativo foi o ocorrido entre o presidente e um veterano jornalista, observador atento e conhecedor profundo da política brasileira, desde a década de 1960. Ele disse a Temer que o maior avalista de sua permanência no poder é Luiz Inácio Lula da Silva.
Espantado, Temer perguntou ao interlocutor: “Por quê?”
E a resposta:”Enquanto,Lula estiver solto, ninguém tem moral para pedir que o senhor deixe a Presidência da República!”
Estranho país o Brasil…
28 de maio de 2017
José Carlos Werneck
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