Vinte dias depois do ataque aéreo realizado em Khan Shaykhun, na região de Idlib, pela força aérea da Síria, os Estados Unidos ainda não apresentaram as alegadas provas de utilização de armas químicas pelas forças armadas do país. Além disso, uma notícia publicada no site da HispanTV, canal iraniano em língua espanhola, anuncia que o presidente do Comitê de Investigação do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (UNHRC) para a Síria, o cientistas político brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, afirmou que não foram comprovadas as acusações de que foram usadas armas químicas pelos militares sírios no ataque aéreo em 4 de abril, na cidade de Khan Shaykhun, que causou a morte de civis e crianças.
A notícia foi publicada no site da HispanTV, canal iraniano em língua espanhola. “Nós não encontramos nenhuma ligação entre o atentado e as emissões [de gás]. Existem várias versões, mas não encontramos”, afirmou Pinheiro a repórteres, de acordo com o portal.
NEXO DE CAUSALIDADE – Em referência ao relatório da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW), Pinheiro disse que o primeiro bombardeio ocorreu aproximadamente 6:40 – 07:00 (hora local), momento em que foi registrada a difusão de um produto químico. Mas ele disse não existir nexo de causalidade entre os dois acontecimentos.
Apesar da inexistência de comprovação de que o ataque químico partiu dos militares sírios e não dos rebeldes extremistas, os Estados Unidos lançaram, dia 10 de abril, 59 mísseis de cruzeiro contra a base militar síria de Al-Shairat em Homs (centro da Síria), como retaliação pelo suposto uso de armas químicas pelo governo sírio, usa acusação que até agora não foi comprovada e faz lembrar a invasão do Iraque pelos norte-americanos e seus aliados, abrindo uma guerra que já causou mais de um milhão de mortos, sob pretexto de uso de armas químicas que depois se constatou que não existiam.
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PS – Muito importante a informação enviada pelo jornalista Sergio Caldieri. Tudo é muito estranho, especialmente porque a imprensa ocidental não publicou a entrevista de Paulo Sérgio Pinheiro. (C.N.)
25 de abril de 2017
Carlos Newton
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