"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 10 de março de 2017

PEZÃO SERÁ TESTEMUNHA DE CABRAL E TAMBÉM TERÁ DE DEPOR DIANTE DO JUIZ MORO





Pezão sabe que sua hora também  já está chegando
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, será testemunha de defesa do ex-governador Sérgio Cabral. Acusado, ao lado da mulher, Adriana Ancelmo, e outras 11 pessoas de desviar R$ 224 milhões de obras públicas, Cabral será julgado pelo juiz Sérgio Moro pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa. Em despacho nesta terça-feira, Moro informou que as audiências de acusação deverão ocorrer até o dia 27 de março. Uma das testemunhas a serem ouvidas é o delator Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras.
Em fevereiro, a Polícia Federal divulgou um relatório que aponta indícios de que Pezão recebeu propina do esquema de corrupção de Cabral. O nome de Pezão consta em anotações manuscritas encontradas durante busca e apreensão na casa de Luiz Carlos Bezerra, apontado como um dos operadores de Cabral. No relatório, encaminhado à 7ª Vara Federal Criminal do Rio, a PF sugere o envio das informações ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), já que Pezão tem foro privilegiado. Ele nega as acusações.
DELAÇÃO A CAMINHO – Cabral e Adriana Ancelmo pediram a Moro a dispensa das audiências na Justiça Federal de Curitiba. Já o ex-secretário de governo de Cabral, Wilson Carlos, acusado de ser um dos operadores do esquema, pediu para participar das oitivas. Um dos homens fortes do ex-governador, Wilson Carlos está preso na carceragem da Polícia Federal de Curitiba. Nos bastidores, sua estratégia de participar das oitivas com Moro causou surpresa em aliados políticos que acreditam que o gesto possa significar uma guinada de sua estratégia de defesa em direção a um acordo de delação.
De acordo com a denúncia, Cabral e Adriana, com auxílio de Carlos Emanuel Miranda de Carvalho, apontado como operador do ex-governador, ocultaram e dissimularam a origem, natureza, localização, movimentação e disposição sobre valores de pelo menos R$ 6,5 milhões com a aquisição de joias nas joalherias Antonio Bernardo e H.Stern.
Ainda segundo o documento do MPF, o operador Luiz Carlos Bezerra, Cabral e Adriana também ocultaram pouco mais de R$ 1,5 milhão em ao menos 45 repasses de dinheiro recebido a título de propina a Bezerra, Cabral e diversos familiares dele, incluindo Adriana.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Pezão está correndo alto risco. Ele aceitar ser testemunha de defesa de Cabral parece Piada do Ano. Logo no primeiro depoimento, Cabral culpou Pezão (que era secretário de Obras) pelos superfaturamentos das empreiteiras. A força-tarefa está acumulando provas contra Pezão, que também será incriminado. É só uma questão de tempo. (C.N.)

10 de março de 2017
Gustavo Schmitt
O Globo

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