'QUATRO QUINTOS' DO DINHEIRO PARA DILMA FORAM NO CAIXA 2, DIZ ODEBRECHT
MARCELO IMPLICA DILMA E CONTA COMO COMPROU MP NO GOVERNO LULA
Foram entregues no “caixa dois”, clandestinamente, sem declarar à Receita Federal ou à Justiça Eleitoral, quatro quintos dos R$150 milhões destinados pela Odebrecht à campanha para reeleição de Dilma Rousseff. Quatro quintos correspondem a R$120 milhões. A revelação é do próprio Marcelo Odebrecht, então presidente da companhia, em depoimento ao ministro Herman Benjamin, relator do processo que apura a acusação de abuso de poder econômico contra a ex-presidente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Para ela, a maior parte, talvez quatro-quintos, foi caixa dois", disse textualmente Odebrecht, segundo depoimento divulgado primeiro pelo site O Antagonista.
Marcelo afirmou ao TSE que "a campanha presidencial de 2014 foi inventada" por ele mesmo, definindo os valores para bancá-la e destinando R$150 milhões à disposição para a campanha de Dilma. Explicou que a empresa tinha "relação intensa" com o governo Dilma, gerando a expectativa de que a Odebrecht fosse um grande doador.
Em um dos trechos mais graves do depoimento, Odebrech revelou que dos R$150 milhões entregues à campanha de Dilma, R$50 milhões correspondiam ao pagamento da Medida Provisória 470, um "refis" na crise de 2009, que beneficiou diretamente a Braskem, braço da Odebrecht no setor químico. A MP foi editada quando Lula era presidente, em 2009.
Isso ficou acertado em reunião com o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, que disse ao empresário: "Olha, Marcelo, eu tenho a expectativa de que você contribua para a campanha de 2010 com R$ 50 milhões".
O empresário afirmou que Mantega não se envolveu na campanha de 2010, quando Dilma ganhou o primeiro mandato. O pagamento pela compra de medida provisória ficou para a campanha de 2014.
Mantega só começou a pedir dinheiro para o PT a partir de 2011, quando era ministro de Dilma e Antonio Palocci já tinha saído da Casa Civil. Até aquele momento, segundo o depoimento, era Palocci que fazia a maior parte dos pedidos do PT.
24 de março de 2017
diário do poder
MARCELO IMPLICA DILMA E CONTA COMO COMPROU MP NO GOVERNO LULA
OS RELATOS DE MARCELO ODEBRECHT À JUSTIÇA COLOCAM DILMA E LULA EM SITUAÇÃO MUITO DIFÍCIL. (FOTO: LULA MARQUES) |
Foram entregues no “caixa dois”, clandestinamente, sem declarar à Receita Federal ou à Justiça Eleitoral, quatro quintos dos R$150 milhões destinados pela Odebrecht à campanha para reeleição de Dilma Rousseff. Quatro quintos correspondem a R$120 milhões. A revelação é do próprio Marcelo Odebrecht, então presidente da companhia, em depoimento ao ministro Herman Benjamin, relator do processo que apura a acusação de abuso de poder econômico contra a ex-presidente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Para ela, a maior parte, talvez quatro-quintos, foi caixa dois", disse textualmente Odebrecht, segundo depoimento divulgado primeiro pelo site O Antagonista.
Marcelo afirmou ao TSE que "a campanha presidencial de 2014 foi inventada" por ele mesmo, definindo os valores para bancá-la e destinando R$150 milhões à disposição para a campanha de Dilma. Explicou que a empresa tinha "relação intensa" com o governo Dilma, gerando a expectativa de que a Odebrecht fosse um grande doador.
Em um dos trechos mais graves do depoimento, Odebrech revelou que dos R$150 milhões entregues à campanha de Dilma, R$50 milhões correspondiam ao pagamento da Medida Provisória 470, um "refis" na crise de 2009, que beneficiou diretamente a Braskem, braço da Odebrecht no setor químico. A MP foi editada quando Lula era presidente, em 2009.
Isso ficou acertado em reunião com o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, que disse ao empresário: "Olha, Marcelo, eu tenho a expectativa de que você contribua para a campanha de 2010 com R$ 50 milhões".
O empresário afirmou que Mantega não se envolveu na campanha de 2010, quando Dilma ganhou o primeiro mandato. O pagamento pela compra de medida provisória ficou para a campanha de 2014.
Mantega só começou a pedir dinheiro para o PT a partir de 2011, quando era ministro de Dilma e Antonio Palocci já tinha saído da Casa Civil. Até aquele momento, segundo o depoimento, era Palocci que fazia a maior parte dos pedidos do PT.
24 de março de 2017
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