"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

TEMER ESTÁ EM "REUNIÃO DE EMERGÊNCIA" COM PADILHA E OUTROS MIJNISTROS



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Caiu a ficha e Temer convocou o chamado núcleo duro
O presidente Michel Temer convocou uma reunião de emergência neste domingo, dia 11, com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e outros ministros do seu governo para uma avaliação das delações dos ex-executivos da Odebrecht para a força-tarefa da Lava Jato.
ESTAVA EM SÃO PAULO – No encontro, que acontece no Palácio do Jaburu, Temer também discute medidas para a retomada da economia ainda este ano. Essa reunião não estava prevista na agenda do presidente. Na sexta-feira, à noite, depois do vazamento da delação do ex-diretor de Relações Institucionais Cláudio Melo Filho, na qual foi citado, Temer foi para São Paulo. Ele retornou à Brasília por volta da hora do almoço deste domingo.
O Palácio do Planalto reagiu aos vazamentos com “preocupação” e sem “ingenuidade”. A ordem do presidente Michel Temer é evitar muitos comentários, reforçar que as delações precisam se comprovar e que o governo tem que “continuar trabalhando” pelo País. Interlocutores do presidente, entretanto, admitem que “os efeitos disso precisam ser observados” e que a Lava Jato sempre foi e continua sendo um fato “imponderável”.
TEMER CITADO – Cláudio Melo Filho afirmou em delação que Temer pediu R$ 10 milhões ao empreiteiro Marcelo Odebrecht em 2014. Oficialmente, o Planalto negou ontem à noite a informação e afirmou que não há mais comentários: a nota divulgada “diz tudo”. No texto para responder as acusações, o presidente repudia “com veemência as falsas acusações do senhor Cláudio Melo Filho”. “As doações feitas pela Construtora Odebrecht ao PMDB foram todas por transferência bancária e declaradas ao TSE. Não houve caixa 2, nem entrega em dinheiro a pedido do presidente”, completa a nota.
Nesta semana, está prevista a última votação da PEC do Teto dos Gastos, marcada para terça-feira, 13, e da LDO. O governo não quer que a tramitação dessas medidas, e da reforma da Previdência, sejam prejudicadas com o teor das delações dos ex-executivos da Odebrecht.
PESQUISA PREOCUPANTE.  O Datafolha divulgou neste domingo, 11, pesquisa que mostra um aumento da impopularidade do presidente. A parcela dos brasileiros que considera o governo Michel Temer ruim ou péssimo saltou de 31% para 51% de julho para dezembro. Segundo pesquisa Datafolha, 34% consideram a atual gestão regular e 10%, boa ou ótima. Em julho, quando ainda era interino no cargo, Temer era avaliado como regular por 42% e como ótimo ou bom por 14% dos entrevistados pelo instituto.
A falta de expectativas com a melhora da economia é a principal explicação para a piora na percepção do atual governo. Em julho 30% achavam que a situação econômica do País iria piorar – hoje são 41%. Já os que achavam que iria melhorar eram 38% em julho e são 28% agora.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Ninguém sabe o que está acontecendo no Jaburu. Padilha, que estava sumido desde a segunda-feira, foi convocado. Como se sabe, ele está totalmente desmoralizado, depois que seus bens foram bloqueados por grilagem de reserva ecológica no Mato Grosso, com devastação de 1,3 mil hectares, para enriquecimento ilícito. Além disso, é um dos alvos principais da delação da Odebrecht. No Planalto, Padilha está tão “prestigiado” quanto técnico de futebol cujo time cai para a terceira divisão. Mas Temer não pode nem vai demiti-lo. Vai esperar que apodreça, igual a Geddel Vieira Lima. Quanto à reunião, é inócua, não há providências a tomar, porque o presidente continua refém. (C.N.)


12 de dezembro de 2016
Murilo Rodrigues Alves e Carla Araújo
Estadão 

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