"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

EMAIL DE MARCELO ODEBRECHT CONFIRMAR SUAS LIGAÇÕES COM COUTINHO, DO BNDES


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Coutinho transformou o BNDES no “banco das empreiteiras”
Uma mensagem de correio eletrônico do presidente afastado do grupo Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, enviada ao então presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirma que “não está dando mais para aguentar” projetos que, aparentemente, eram muito caros à empreiteira. O e-mail é de 6 agosto de 2014 e cita a construção do estádio do Corinthians em Itaquera, as obras da Vila dos Atletas e o Parque Olímpico para os Jogos do Rio Janeiro em 2016. Além disso, havia financiamentos da Caixa Econômica atrasados, um lote de faturas atrasadas da Petrobras, gastos da empresa com R$ 15 bilhões em investimentos naquele ano e um projeto sobre etanol não identificado. Logo depois de realizada a Copa do Mundo, o empreiteiro apela: “Preciso que você nos apoie no sentido de manter nosso fôlego financeiro”.
Por conta disso, Marcelo Odebrecht pede a Coutinho que libere R$ 2 bilhões em debêntures, espécie de título para levantar dinheiro, a fim de bancar obras da construtora na Venezuela, Argentina e Cuba. Mas, segundo nota do BNDES ao Correio, esses projetos não têm “qualquer relação de escopo de atuação, atividades e análises” com empreendimentos como o Itaquerão, supostos atrasos da Petrobras e da Caixa. “Não há vinculação entre desembolsos de distintos projetos”, acrescentou a assessoria de Coutinho.
OBRAS NO EXTERIOR – No dia seguinte, em 7 de agosto, o presidente do grupo — que está preso desde junho de 2015 em Curitiba e fechou o maior acordo de colaboração premiada e leniência do mundo — apresentou ao então chefe do BNDES uma lista de nove empreendimentos no exterior. E pediu a antecipação de US$ 627 milhões (R$ 2,1 bilhões) para as obras.
O estádio do Corinthians foi um empreendimento levantado pela empreiteira a partir de pedido do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao pai de Marcelo, Emílio Odebrecht, de acordo com declarações públicas de participantes do negócio à época. As obras começaram em 2010, foram concluídas em 2015, mas o time de futebol abriu uma auditoria contra a empreiteira para apurar se tudo foi entregue corretamente.
PRESENTE PARA LULA – Em pré-acordo de delação, Emílio disse a procuradores da Lava-Jato que a obra foi um “presente” para Lula, informou a Folha de S.Paulo. Para construir o estádio, de mais de R$ 800 milhões, houve financiamento na Caixa Econômica, com dinheiro oriundo do BNDES.
Esse é exatamente o valor que Marcelo afirma no e-mail de 2014 que tem a receber de seus devedores. Lula “nunca” interferiu nesse processo de financiamento, garantiu a assessoria de Coutinho. Segundo o e-mail de Marcelo Odebrecht, as faturas atrasadas da Petrobras somavam R$ 500 milhões, em agosto de 2014. Os atrasos da Caixa duravam dois anos. O jornal pediu à petroleira um levantamento dos débitos que tinha em relação à Odebrecht, mas a estatal afirmou que concluirá o estudo somente depois de duas semanas.
ASSESSORIA NEGA – Por meio de assessoria, Luciano Coutinho, que trocava mensagens com o empreiteiro pelo menos desde 2013, disse que “não há vinculação entre desembolsos de distintos projetos”. “O pedido feito por Marcelo Odebrecht não teve qualquer influência sobre os procedimentos rigorosos praticados pelo BNDES na liberação de crédito à empresa, a cargo da equipe técnica, não resultando em nenhuma mudança ou relaxamento dos mesmos”, afirmaram os auxiliares de Coutinho. “Jamais houve qualquer ingerência do ex-presidente Coutinho para influenciar a tramitação de projetos da empresa junto ao corpo técnico do Banco.”
Por meio de assessoria, o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho afirmou ao Correio que o relacionamento do Banco com a Odebrecht sempre seguiu rigorosamente as mesmas regras e exigências impostas a qualquer outra companhia, sem qualquer tipo de privilégio. “As liberações de recursos a projetos envolvendo a Odebrecht ocorreram estritamente de acordo com os critérios técnicos adotados pelo BNDES, que realiza seus desembolsos de maneira gradual, acompanhando a execução físico-financeira das obras e mediante a comprovação da efetiva realização das diversas etapas de cada projeto”.
BNDES SE DEFENDE – O Correio pediu ao BNDES os valores liberados à Odebrecht depois do pedido de Marcelo Odebrecht, mas o banco não os forneceu. A instituição financeira destacou que os desembolsos e empréstimos são feitos a partir de critérios técnicos, “por equipes multidisciplinares, formadas por empregados de carreira do BNDES”. “As liberações de recursos pressupõem a existência de contratos firmados, seguem pari passu o cronograma físico-financeiro dos projetos e são liberados de acordo com as condições previstas nos respectivos contratos.”
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O que a assessoria do BNDES afirma não é o que foi feito, mas o que deveria ter sido feito. Na realidade, Luciano Coutinho transformou o BNDES num braço do PT, aprovando tudo o que Lula e Dilma mandavam, inclusive o “presente” que a Odebrecht deu ao mais famoso torcedor do Corinthians, mas não o fez com recursos próprios, preferiu usa recursos públicos liberados pela “generosidade” de Luciano Coutinho, que em qualquer país minimamente desenvolvido já teria sido algemado diante das câmeras da TV(C.N.)

12 de dezembro de 2016
Eduardo Militão
Correio Braziliense

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