O “companheiro” Tadeu Veneri, conhecido como Tadeuzinho Odebrecht por causa de doações que levou da empreiteira, manteve distância prudente da senadora, que em passado recente era “arroz doce de festa” nas campanhas dos camaradas. Não se pode esquecer que, não faz muito tempo, Tadeu era um feroz e doentio defensor de Gleisi.
Em entrevista ao noticioso “Paraná Portal”, a senadora explicou sua ausência no período eleitoral. “Acompanhei mais de longe por causa do impeachment e também pela defesa que fizemos contra o golpe, fizemos uma campanha propositiva”, disse.
Gleisi, como sempre, atacou de forma colérica a Operação Lava-Jato, afirmando que o processo servirá para que possa fazer sua defesa. “Este é um processo injusto, que em um outro período o tribunal não aceitaria (a denúncia), é uma coisa sem base, que não tem provas, mas isso servirá para que faça minha defesa, coisa que até agora não tive oportunidade”, disse.
O delírio de que existe algum cerceamento de defesa para os petistas encalacrados em denúncias criminais é recorrente. Contundo, não tem qualquer relação com a realidade dos fatos.
Dilma Rousseff foi alvo de impeachment depois de nove meses de processo no Congresso Nacional, sendo que a última fase foi presidida pelo presidente do STF, Ricardo Lewandowski, conhecido por posições a favor do PT. Mesmo assim, a bordo do seu conhecido cinismo, a senadora declarou ter sofrido cerceamento de defesa. Gleisi segue a mesma escola da “desfaçatez total” que marcou a passagem do seu partido, o PT, pelo Palácio do Planalto.
Como sempre afirma o UCHO.INFO, o Brasil é uma democracia, mesmo jovem, que garante o direito à manifestação do pensamento. Por isso Gleisi destila seu ideário insano a qualquer momento. O que a senadora não pode esperar é que a opinião pública, cansada dos rapapés petistas, acredite nas suas palavras, cada vez mais desconexas e eivadas pela mentira. No momento em que sete delatores da Operação Lava-Jato acusam a senadora de ter recebido R$ 1 milhão em propina do esquema de corrupção conhecido como Petrolão, alegar inocência é chamar os acusadores de suicidas.
Gleisi Hoffmann, de igual modo, pode até afirmar que o processo que já tramita no STF será uma oportunidade para provar sua inocência, assim como a do marido, o ex-ministro Paulo Bernardo da Silva (Planejamento e Comunicações), mas não se pode ignorar que a 2ª Turma aceitou por unanimidade a denúncia de corrupção e lavagem de dinheiro, oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Isso significa que em eventual julgamento no plenário do Supremo, Gleisi de chofre sairá com pelo menos cinco votos contra.
04 de outubro de 2016
ucho.info
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