REJEIÇÃO NAS URNAS
ELEITORADO MAIS CRÍTICO REJEITOU CANDIDATOS DOS CALHEIROS EM AL
Por mais que o governador Renan Filho (PMDB) celebre as vitórias de seu partido em 38 das 102 prefeituras alagoanas, uma grande derrota foi imposta pelo eleitor ao PMDB do presidente do Senado Renan Calheiros em Alagoas.
ELEITORADO MAIS CRÍTICO REJEITOU CANDIDATOS DOS CALHEIROS EM AL
PRESIDENTE DO SENADO E GOVERNADOR PREVIAM 80 PREFEITURAS E SÓ ELEGERAM 38. |
Por mais que o governador Renan Filho (PMDB) celebre as vitórias de seu partido em 38 das 102 prefeituras alagoanas, uma grande derrota foi imposta pelo eleitor ao PMDB do presidente do Senado Renan Calheiros em Alagoas.
A dupla mais poderosa do Estado recebeu um saldo negativo de 280,9 mil votos nas cinco maiores cidades alagoanas.
O resultado das urnas dos principais centros urbanos de Alagoas foi um vexame para o senador e o govenador, não apenas por causa da frustração da pretenciosa previsão dos Calheiros de eleger 80% dos prefeitos. Mas, principalmente, pelas derrotas nos cinco maiores colégios eleitorais alagoanos, onde o PMDB recebeu 177,2 mil votos, enquanto que seus adversários somaram o apoio de 458,1 mil eleitores.
O exemplo maior de que os alagoanos deram um recado aos Renans começa pela capital, onde o candidato do PMDB, Cícero Almeida, inicia uma disputa pelo 2º turno tendo que superar o desempenho do adversário Rui Palmeira (PSDB), com diferença de 93 mil votos e 22 pontos percentuais do afilhado dos Calheiros conhecido como Ciço.
O eleitor da capital alagoana renegou a ideia de polarização da disputa pela Prefeitura de Maceió entre o atual prefeito tucano e o ex-prefeito peemedebista, ao destinar 316,6 mil votos aos adversários do PMDB e 104 mil ao candidato de Renan.
Veja o desempenho do PMDB nas maiores cidades:
Derrotas
O PMDB tem o direito de acreditar que pode se recuperar da derrota na capital. Mas isso não é mais possível em outros três maiores colégios eleitorais alagoanos, em que o governador e o senador se empenharam pessoalmente nas campanhas de seus candidatos do PMDB.
Em Arapiraca, segunda maior cidade alagoana, a vitória de Rogério Teófilo (PSDB) sobre Ricardo Nezinho (PMDB) foi apertada, com diferença de 0,24 ponto percentual e de 259 votos. Mas se considerada a soma dos votos contrários ao PMDB, a diferença salta para 25,9 mil votos.
A vergonha é maior porque Arapiraca tem o ex-prefeito Luciano Barbosa como vice de Renan Filho e o PMDB contou com o apoio da atual prefeita Célia Rocha.
Mas foi em Rio Largo, maior cidade da região metropolitana de Maceió, onde o PMDB foi massacrado, ficando na 4ª colocação com apenas 13,45% do total de votos tendo sido destinados à candidata peemedebista e ex-prefeita Vânia Paiva, que conquistou apenas 5.299 eleitores dos 39.396 votos válidos dos riolarguenses.
O resultado das urnas dos principais centros urbanos de Alagoas foi um vexame para o senador e o govenador, não apenas por causa da frustração da pretenciosa previsão dos Calheiros de eleger 80% dos prefeitos. Mas, principalmente, pelas derrotas nos cinco maiores colégios eleitorais alagoanos, onde o PMDB recebeu 177,2 mil votos, enquanto que seus adversários somaram o apoio de 458,1 mil eleitores.
O exemplo maior de que os alagoanos deram um recado aos Renans começa pela capital, onde o candidato do PMDB, Cícero Almeida, inicia uma disputa pelo 2º turno tendo que superar o desempenho do adversário Rui Palmeira (PSDB), com diferença de 93 mil votos e 22 pontos percentuais do afilhado dos Calheiros conhecido como Ciço.
O eleitor da capital alagoana renegou a ideia de polarização da disputa pela Prefeitura de Maceió entre o atual prefeito tucano e o ex-prefeito peemedebista, ao destinar 316,6 mil votos aos adversários do PMDB e 104 mil ao candidato de Renan.
Veja o desempenho do PMDB nas maiores cidades:
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Derrotas
O PMDB tem o direito de acreditar que pode se recuperar da derrota na capital. Mas isso não é mais possível em outros três maiores colégios eleitorais alagoanos, em que o governador e o senador se empenharam pessoalmente nas campanhas de seus candidatos do PMDB.
Em Arapiraca, segunda maior cidade alagoana, a vitória de Rogério Teófilo (PSDB) sobre Ricardo Nezinho (PMDB) foi apertada, com diferença de 0,24 ponto percentual e de 259 votos. Mas se considerada a soma dos votos contrários ao PMDB, a diferença salta para 25,9 mil votos.
A vergonha é maior porque Arapiraca tem o ex-prefeito Luciano Barbosa como vice de Renan Filho e o PMDB contou com o apoio da atual prefeita Célia Rocha.
Mas foi em Rio Largo, maior cidade da região metropolitana de Maceió, onde o PMDB foi massacrado, ficando na 4ª colocação com apenas 13,45% do total de votos tendo sido destinados à candidata peemedebista e ex-prefeita Vânia Paiva, que conquistou apenas 5.299 eleitores dos 39.396 votos válidos dos riolarguenses.
Ela foi derrotada pelo ex-deputado Gilberto Gonçalves (PP), que já foi flagrado em escuta pedindo dinheiro de corrupção da Assembleia Legislativa, em 2007, na Operação Taturana.
Mas foi no quarto maior colégio eleitoral alagoano, em Palmeira dos Índios, onde o peso político da derrota do PMDB foi mais impactante.
RENANS EM CAMPANHA EM PALMEIRA Tombo |
O vereador, jornalista e filho de uma verdureira Julio Cezar (PSDB) venceu com 64,62% dos votos a candidata dos Calheiros, Doutora Verônica Medeiros (PMDB).
Enquanto o tucano teve 23,7 mil votos, a peemedebista teve o apoio de 9,9 mil eleitores. Lá, foram 26,8 mil votos contra os Renans.
Na quinta maior cidade de Alagoas, União dos Palmares, a história foi diferente. O ex-prefeito do PMDB, Areski Freitas, o Kil, se elegeu prefeito com 55,19% dos votos, contra o atual prefeito e candidato do senador Fernando Collor (PTB), Eduardo Pedroza (PMN).
Na quinta maior cidade de Alagoas, União dos Palmares, a história foi diferente. O ex-prefeito do PMDB, Areski Freitas, o Kil, se elegeu prefeito com 55,19% dos votos, contra o atual prefeito e candidato do senador Fernando Collor (PTB), Eduardo Pedroza (PMN).
Os palmarinos deram 17,8 mil votos ao candidato do PMDB, diante de 14,4 mil votos válidos contrários.
Porém, Kil condenado há três dias das eleições pelo escândalo de corrupção na merenda escolar em sua gestão, e apesar de alegar ausência de dolo ao comprar o quilo de charque a R$ 73, tem sua vitória questionada na Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa.
Enfim, os alagoanos deram um banho de água fria nos projetos do governador e do presidente do Senado de transformar Alagoas em uma espécie de Renanlândia.
Porém, Kil condenado há três dias das eleições pelo escândalo de corrupção na merenda escolar em sua gestão, e apesar de alegar ausência de dolo ao comprar o quilo de charque a R$ 73, tem sua vitória questionada na Justiça Eleitoral com base na Lei da Ficha Limpa.
Enfim, os alagoanos deram um banho de água fria nos projetos do governador e do presidente do Senado de transformar Alagoas em uma espécie de Renanlândia.
E o 2º turno em Maceió já é tratado como ponto crucial para o destino político do clã Calheiros a partir de 2018, quando o governador e o senador precisam se reeleger.
04 de outubro de 2016
Davi Soares
diário do poder
04 de outubro de 2016
Davi Soares
diário do poder
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