Sim, Silvio Santos, ele mesmo. |
Hoje, todo mundo já sabe que Eduardo Cunha ingressou na política quando foi indicado por PC Farias para a presidência da Telerj, a estatal telefônica do Rio de Janeiro. Mas poucos se perguntam o motivo da indicação.
Um perfil do ex-deputado federal feito pela Folha de S.Paulo ainda em 2014 relembra o caso. A indicação nasceu do bom trabalho prestado por Cunha à campanha que levou Fernando Collor de Mello a presidir o Brasil, em 1989. Certo… Mas o que chamou atenção de PC Farias?
A votação ocorreria no feriado de 15 de novembro de 1989. Dias antes, Silvio Santos resolveu entrar na disputa como candidato do minúsculo PMB. A coisa foi tão em cima da hora que o apresentador do SBT não apareceria nas cédulas de votação, que já estavam impressas, mas sob o nome de Armando Corrêa, candidato substituído pelo empresário. Breves pesquisas mostravam um grande interesse do eleitor e analistas davam como certa a presença dele num segundo turno ainda indefinido.
Isso, claro, causou um alvoroço enorme no comitê de campanha de Collor. Mas a reação foi avassaladora. A candidatura de Sílvio Santos foi impugnada nas vésperas da votação. E o PMB findou extinto. Sim, extinto. Motivo: foram encontradas irregularidades no registro que criara o partido. O detalhe técnico explorado mostrava que as convenções, que deveriam ter sido realizadas em 9 estados, ocorreram em apenas 5 deles.
O nome do funcionário da campanha de Collor que apontou o caminho para a impugnação? Eduardo Cunha.
Sim. Cunha não só ajudou Collor a se tornar presidente, ou mesmo a derrubar Dilma Rousseff. Ele impediu que Silvio Santos se tornasse o primeiro presidente eleito pelo voto direto após a ditadura.
22 de outubro de 2016
implicante
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