Realmente, a situação dela é muito delicada, para se dizer o mínimo.
Já faz tempo que ela vinha dando demonstrações de dificuldade para estabelecer um raciocínio lógico. Mas o problema se agravou devido à permanente tensão e ao estresse causados pelo tortuoso processo de impeachment. Conforme a revista IstoÉ revelou, a presidente está sendo tratada com medicamentos para esquizofrenia e só consegue dormir ingerindo uma substância fortíssima, ministrada a pacientes antes de serem submetidos a anestesia geral e que não pode prescrita em ação contínua, devido aos perigosos efeitos colaterais.
Tudo isso é sabido, o Planalto anunciou que iria processar a IstoÉ, mas acabou desistindo, porque as informações eram verdadeiras.
Por óbvio, a presidente Dilma Rousseff precisa de repouso e tratamento intensivo, mas tudo indica que continuará sob forte pressão, porque o ex-presidente Lula não aceita o que chama de “falta de combatividade” de Dilma e quer obrigá-la a viajar pelo país e até ao exterior, para denunciar o “golpe” e desestabilizar o governo de Michel Temer.
É UMA PERVERSIDADE
Não há dúvida de que se trata de uma perversidade a iniciativa de usar Dilma Rousseff como massa de manobra, com objetivos meramente partidários. Demonstra que Lula, os ministros do núcleo duro e os dirigentes do PT estão pouco ligando para a forte possibilidade de agravamento do estado de saúde dela. Dilma Rousseff. Na verdade, nenhum deles jamais mostrou a menor preocupação, comportam-se como se ela não estivesse submetida a tratamento psiquiátrico.
A única iniciativa que se tomou para protegê-la e não agravar o estresse foi evitar que ela lesse jornais e revistas e assistisse aos telejornais.
As informações lhe são transmitidas através de um clipping preparado por assessores, que destacam as poucas notícias positivas e amaciam as informações sobre o agravamento da crise política e econômica.
As informações lhe são transmitidas através de um clipping preparado por assessores, que destacam as poucas notícias positivas e amaciam as informações sobre o agravamento da crise política e econômica.
NUM MUNDO À PARTE
O resultado é que Dilma Rousseff se transformou numa pessoa meio autista, que vive num mundo à parte, sem saber realmente o que se passa à sua volta.
Reportagem de Fernanda Kracovics, em O Globo, deixa bastante clara a situação.
“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva agora quer que o PT e a presidente Dilma Rousseff montem uma espécie de governo paralelo, com núcleos temáticos, para fiscalizar a gestão de Michel Temer”, informa a jornalista, acrescentando:
“Embora ela venha repetindo em seus discursos que vai resistir até o fim, integrantes do PT afirmam que Dilma não tem demonstrado ‘entusiasmo em ação’.
Lula quer fazer com que ela viaje o país defendendo seu governo, enquanto o Senado estiver julgando o mérito do processo de impeachment”.
Lula quer fazer com que ela viaje o país defendendo seu governo, enquanto o Senado estiver julgando o mérito do processo de impeachment”.
NINGUÉM SE INTERESSA…
Não se pode prever o que resultará dessa estratégia de manipular a presidente Dilma Rousseff para favorecer os interesses de Lula e do PT. Mas é óbvio que se trata da exploração de uma pessoa fragilizada, que merece cuidados especiais, ao invés de continuar sendo submetida a uma verdadeira roda-viva.
Dilma Rousseff, no pior momento de sua vida, está cada vez mais sozinha e abandonada. Ao que parece, não há nenhuma pessoa amiga que realmente se importe com ela.
A filha, o genro e o ex-marido não tomam a menor iniciativa para protegê-la, e os médicos do Planalto apenas assinam as receitas.
A filha, o genro e o ex-marido não tomam a menor iniciativa para protegê-la, e os médicos do Planalto apenas assinam as receitas.
Alguém precisa intervir. Mas quem se interessa?
12 de maio de 2016
Carlos Newton
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