"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

A HISTÓRIA DA MAÇÃ


"Eva querida/ Quero ser o teu Adão/ Dar-te-ei o meu amor e a minha vida/ Em troca do teu coração// Hei de conquistar/ O teu amor se Deus quiser/ Custe o que custar/ Haja o que houver/ Serei capaz de qualquer prejuízo/ Mas te darei o Paraíso"– "Eva Querida", de Benedito Lacerda e Luiz Vassalo, com Mario Reis, Carnaval de 1935.

"Adão/ Meu querido Adão/ Todo mundo sabe/ Que perdeste o juízo/ Por causa da serpente tentadora/ O nosso Mestre/ Te expulsou do Paraíso// Mas, em compensação/ No teu pobre coração/ Que era muito pobre/ Pobre, pobre de amor/ Cresceu e se eternizou/ Meu Adão/ O teu pecado encantador"– "Querido Adão", de Benedito Lacerda e Oswaldo Santiago, com Carmen Miranda, Carnaval de 1936.

"Papai Adão/ Papai Adão/ Papai Adão já foi o tal / Hoje é Eva / Quem manobra/ E a culpada foi a cobra// Uma folha de parreira/ Uma Eva sem juízo/ Uma cobra traiçoeira/ Lá se foi o Paraíso!" – "Papai Adão", de Armando Cavalcanti e Klecius Caldas, com Blecaute, Carnaval de 1951.

"Eva, me leva/ Pro Paraíso agora/ Se estou com muita roupa/ Eu jogo a roupa fora// Você vive bem/ Em pleno verão/ Você vai ao baile/ Até de calção/ Queria também/ Usar pouca roupa/ Mas é que a polícia/ Daqui não dá sopa" – "Eva", de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira, com Marlene, Carnaval de 1952.

"A história da maçã/ É pura fantasia/ Maçã igual àquela o papai também comia/ Eu li no almanaque que um dia, de manhã/ Adão tava com fome e comeu a tal maçã/ Comeu com casca e tudo/ Não deixando nem semente/ Depois botou a culpa/ Na pobre da serpente" – "História da Maçã", idem Haroldo e Milton, com Jorge Veiga, Carnaval de 1954.

São teses que reuni para um eventual debate sobre Darwin com o bispo Marcos Pereira, provável ministro da Ciência e Tecnologia do governo Temer.



06 de maio de 2016
Ruy Castro, Folha de São Paulo

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