No próximo domingo, o vice-presidente Michel Temer acompanhará a votação do impeachment pelo plenário da Câmara dos Deputados em sua casa, em São Paulo, onde nas últimas semanas tem havido intensa movimentação política. Mas Temer passou segunda e terça-feira em Brasília, recebendo parlamentares aliados e futuros ministros.
Desde que as pesquisas começaram a demonstrar que o impeachment era praticamente inevitável, em função dos chamados algoritmos, que indicam a tendência da evolução do quadro, sempre em viés de alta a favor do afastamento da presidente Dilma Rousseff, Temer se recolheu para escolher o novo ministério e alguns dos principais cargos do segundo escalão. A intenção é dar um choque de ordem, ao anunciar grandes nomes no primeiro escalão, montando um governo de união nacional, ao estilo de Itamar Franco em 1992, para que a atual crise política e econômica possa começar a ser enfrentada.
Alguns dos principais nomes já estão escolhidos, entre eles o do deputado Eliseu Padilha, que ficará na Casa Civil.
GOVERNO DEFINITIVO
A legislação determina que presidente Dilma será afastada após a votação do Senado, que vai dizer se aceita ou não a abertura do processo contra a presidente Dilma, proposta pela Câmara.
Ou seja, o governo provisório de Temer começa assim que o Senado se pronunciar, o que deve acontecer na sessão de segunda-feira, caso o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) tenha um mínimo de juízo e não tente postergar o pronunciamento do Senado.
Ou seja, o governo provisório de Temer começa assim que o Senado se pronunciar, o que deve acontecer na sessão de segunda-feira, caso o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) tenha um mínimo de juízo e não tente postergar o pronunciamento do Senado.
Se Dilma não renunciar e Temer realmente montar um ministério de notáveis, este fato certamente pesará muito na decisão final do Senado, ao fim do processo que pode durar até 180 dias, para que o afastamento da presidente então, seja definitivo e governo Temer se torne definitivo, pelo menos até o julgamento pela Justiça Eleitoral, que só deve ocorrer em meados de 2017.
COM ARMÍNIO FRAGA
Reportagem de Tiago Dantas, Cristiane Jungblut e Simone Iglesias, em O Globo, assinala que, na reta de chegada da votação do impeachment na Câmara, Temer já teria marcado um jantar com o economista Armínio Fraga, sócio da Gávea Investimentos e ex-presidente do Banco Central no governo FHC.
Perguntado sobre o encontro após participar de evento em São Paulo, Fraga disse que “esse assunto de agenda vocês tem de falar com ele (Temer)”:
— Eu gastei muito tempo pensando o que fazer (com a economia), durante minha vida inteira. Tenho sugestões a dar. Sugestões de quem estava próximo de assumir – disse Fraga, que seria ministro da Fazenda se o senador tucano Aécio Neves tivesse vencido a eleição em 2014.
Na Folha de S. Paulo, a informação é de que o ex-presidente do Banco Central já foi convidado e rejeitou assumir a Fazenda. Por enquanto, é tudo especulação, mas Fraga pode realmente conduzir a equipe econômica. Se aceitou com Aécio Neves, por que não aceitaria com Temer? Qual é a diferença?
Quando o nome dele for oficialmente confirmado, a Bolsa de Valores vai ter uma alta jamais vista e o dólar cairá para R$ 3,50, podem apostar.
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PS – O novo ministro da Justiça também já foi sondado. É um jurista de renome, não tem atividade política, mas é respeitado por todos os partidos, inclusive pelo PT.
PS – O novo ministro da Justiça também já foi sondado. É um jurista de renome, não tem atividade política, mas é respeitado por todos os partidos, inclusive pelo PT.
Como dizia Ibrahim Sued, depois eu conto… (C.N.)
13 de abril de 2016
Carlos Newton
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