Em entrevista ao Jornal do SBT nesta quinta-feira, 28, o vice-presidente Michel Temer disse que se vier a assumir a Presidência não será candidato à reeleição em 2018. Ele confirmou notícia antecipada pelo colunista Claudio Humberto, do Diário do Poder. Temer afirmou que se posicionará favoravelmente ao fim da reeleição. Na entrevista, o vice também tratou de Lava Jato, crise econômica e programas sociais.
Durante toda a entrevista, Temer pontuou que estaria falando apenas em hipóteses e que é preciso respeitar o Senado e todo o processo. Apesar disso, o peemedebista confessou que já está sentindo o peso do processo que pode culminar com sua própria posse como presidente. “Tem um peso, um peso muito grande, principalmente porque não tive tempo de preparar esse governo, tanto fisicamente como nas ideias”, afirmou. Ainda assim, o vice disse ter planos voltados ao “crescimento econômico” do País.
Temer espera contar com o apoio do Congresso para medidas que devem focar, principalmente, a geração de emprego. “O plano econômico deve buscar a abertura de vagas”, disse. O ainda vice-presidente ressaltou que não vai mexer em programas sociais como o Bolsa Família. “Não tenho a menor dúvida em relação a isso”, disse.
Questionado sobre a possibilidade de interferir no andamento da Lava Jato, Temer foi enfático ao dizer que não haverá influência na sequência das investigações. Ele garantiu que, num provável governo, sua prioridade seria colocar “o Brasil em rota de crescimento e pacificar o País”. Temer falou em uma Nação que recuperasse a capacidade de ser “alegre e descontraída”.
Sobre eleições gerais, Temer disse que “essa tese perdeu substância nos últimos tempos”. O vice garantiu não se impressionar com uma provável oposição do PT e dos movimentos sociais. “É democrático, desde que não cause obstruções”. Ele disse que não dará atenção esse tipo de oposição, mas aos problemas do País.
Em relação à imagem de “golpista” que o PT, movimentos sociais e a presidente estão tentando fixar, Temer disse que não responderia, mas que “tem um respeito e apreço pessoal por Dilma Rousseff” e “pretende manter uma relação institucional adequada”.
29 de abril de 2016
diário do poder
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