Na última quarta-feira (18), a Rússia apresentou ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) uma versão atualizada de seu projeto de resolução sobre a luta contra o Estado Islâmico (EI). Segundo o embaixador russo na ONU, Vitáli Tchúrkin, o texto revisado “esclarece a necessidade de esforços conjuntos na luta contra o EI” e “leva em conta as últimas tragédias em Paris e no Sinai”.
O projeto de resolução anterior foi apresentado ao Conselho de Segurança em 30 de setembro, dois dias depois do discurso do presidente russo, Vladímir Pútin, na 70ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. O documento foi bloqueado pelo Reino Unido, e os EUA e a França também não concordaram com a necessidade de coordenar as ações antiterroristas com os países envolvidos diretamente no conflito. No caso da Síria, isso significaria que os países ocidentais teriam que cooperar com o regime do presidente sírio, Bashar Assad, cuja legitimidade é contestada no Ocidente.
Segundo a agência de notícias Ria-Novoti, os representantes dos países membros do Conselho de Segurança da ONU afirmam que não encontraram mudanças significativas no novo projeto da resolução russa.
COOPERAÇÃO
Tchúrkin confirmou que a nova versão do documento também prevê a cooperação com autoridades sírias. “As tentativas de ignorar o governo sírio enfraquecem as possibilidades da luta conjunta”, declarou o embaixador.
De acordo com o diretor-geral do Conselho sobre Assuntos Internacionais da Rússia, Andrei Kortunov, Moscou está fazendo “mais uma tentativa de propor a resolução”, após a tragédia no Sinai e os ataques em Paris. “A pressão sobre os líderes mundiais aumentou, e hoje é mais difícil negar as propostas de Moscou”, disse. No entanto, segundo ele, Washington continua não aceitando a proposta de coordenar as ações antiterroristas com Damasco.
Mesmo com a resistência americana, de acordo com Tchúrkin o projeto russo foi apoiado pelos outros membros do Conselho de Segurança. “O documento é universal e aceitável para todos os países, que não estão buscando um motivo de controvérsia”, declarou ele.
A Rússia não é o único país que está preparando resoluções antiterroristas. O embaixador francês na ONU, François Delattre, declarou que Paris está elaborando o seu próprio projeto de resolução. De acordo com o diplomata, o texto da resolução francesa será “curto, forte e centrado na luta contra o EI”.
(texto enviado por Sergio Caldieri, transcrito do site Pátria Latina)
23 de novembro de 2015
Aleksêi Timofeitchev
Gazeta Russa
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