"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

DILMA MUDOU SUA PROPOSTA DE "NEGOCIAR" COM TERRORISTAS?


Deve estar bem presente na lembrança de todos a espantosa declaração da presidente Dilma na Assembleia da ONU, em 23 de setembro do ano passado, recomendando “diálogo, acordo e intermediação” para resolver o terrorismo do EI. Na véspera, os Estados Unidos haviam bombardeado posições dos terroristas e nossa mandatária lamentou “enormemente” a conduta. Perguntei então: como negociar com aqueles degenerados? Quem iria levar um papo com eles? A própria presidente? O Marco Aurélio Garcia? Nesse tipo de encontro, o negociador entra com o pescoço e o EI com a faca. O negociador com a mulher e o EI com o estuprador.
Percebeu-se, então, a coerência entre aquelas declarações e os seguintes fatos: a) a criação do Foro de São Paulo, por Lula e Fidel, com a presença das FARC e as estreitas relações entre o PT e a narcoguerrilha colombiana, conforme insistentemente denunciado por Olavo de Carvalho; b) a acusação feita por Lula ao presidente Álvaro Uribe, em 2002, de praticar “terrorismo de estado” contra as FARC; c) a posterior recusa de Lula, já presidente, ao pedido colombiano, para que o Brasil reconhecesse as FARC como organização terrorista; d) as posições do governo petista, sempre alinhadas com as posições do grupo terrorista Hamas; e) o apoio às pretensões atômicas do iraniano Ahmadinejad, malgrado sua declarada intenção de destruir Israel.
VELHOS TERRORISTAS…
Lembremos, também, que vários de nossos atuais governantes participaram de ações terroristas durante a luta armada nos anos 60 e 70. Sequestravam personalidades e aeronaves, explodiam bombas, rugiam ameaças. Não estaria aí a causa principal da indulgência do nosso governo para com esse tipo de ação política? Além disso, as forças dirigentes da política externa brasileira jamais expressaram às nações democráticas qualquer sentimento de proximidade e parceria semelhante ao que cultivam com as ditaduras comunistas e com os tiranetes da Ibero-América.
TÊTE-A-TÊTE COM O CALIFA
Enfim, ninguém se ofereceu, em 2014, para um tête-a-tête com o “califa” Abu Bakr Al-Baghdadi. Agora, diante dos atentados de Paris, com os estragos produzidos pelo EI e outros grupos jihadistas jogando milhões de refugiados sobre a Europa, pergunto: a presidente mudou o tom? Muito pouco. Dilma ficou “consternada”, expressou “solidariedade ao povo e ao governo francês”, chamou os terroristas de “covardes” e disse, textualmente que – “os atos cometidos em Paris devem ser combatidos sem trégua”. Isso é combate ao terrorismo? Não. Isso é combate a alguns terroristas na França.

23 de novembro de 2015
Percival Puggina

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