Neste pavoroso prelúdio do segundo mandato, Dilma Rousseff já mostrou que as mudanças ensaiadas por Joaquim Levy passarão ao largo do BNDES reduzido por Lula a uma obscenidade perdulária.
O que já foi um banco público virou uma espécie de Casa da Moeda clandestina, que distribui entre nações ou empresas amigas da seita no poder o dinheiro que falta ao país. Nesta segunda-feira, o premiado foi o consórcio que está construindo a hidrelétrica de Belo Monte.
O que já foi um banco público virou uma espécie de Casa da Moeda clandestina, que distribui entre nações ou empresas amigas da seita no poder o dinheiro que falta ao país. Nesta segunda-feira, o premiado foi o consórcio que está construindo a hidrelétrica de Belo Monte.
Favorecido por
um financiamento de 22,5 bilhões de reais, o grupo de empresas foi liberado pela direção do banco de pagar a multa de quase 75 milhões de reais decorrente de atrasos nas obras.
Em vez de cobrar a bolada que saiu do bolso dos pagadores de impostos, o BNDES prorrogou o prazo fixado no cronograma original.
Como ocorreu com a farra bilionária no porto cubano de Mariel, o acordo foi feito nas sombras. Os brasileiros que bancam o socorro suspeitíssimo estão proibidos de saber o que houve.
Não é difícil acabar com essa gastança criminosa. Basta que se conjuguem uma operação em regra da Polícia Federal, a quebra do sigilo dos contratos assinados pelo banco desde janeiro de 2003, um time de procuradores bons de briga e um juiz decidido a cumprir a lei. Será uma devassa e tanto. Depois do Petrolão, os mensaleiros ficaram com cara de amadores.
Quando chegar a hora do BNDES, os saqueadores da Petrobras talvez sejam rebaixados a aprendizes.
O País do Futebol não assusta mais ninguém. O que agora assombra o mundo é o País da Corrupção. No campo da roubalheira, o Brasil está pronto para golear qualquer rival.
16 de abril de 2015
Augusto Nunes
um financiamento de 22,5 bilhões de reais, o grupo de empresas foi liberado pela direção do banco de pagar a multa de quase 75 milhões de reais decorrente de atrasos nas obras.
Em vez de cobrar a bolada que saiu do bolso dos pagadores de impostos, o BNDES prorrogou o prazo fixado no cronograma original.
Como ocorreu com a farra bilionária no porto cubano de Mariel, o acordo foi feito nas sombras. Os brasileiros que bancam o socorro suspeitíssimo estão proibidos de saber o que houve.
Não é difícil acabar com essa gastança criminosa. Basta que se conjuguem uma operação em regra da Polícia Federal, a quebra do sigilo dos contratos assinados pelo banco desde janeiro de 2003, um time de procuradores bons de briga e um juiz decidido a cumprir a lei. Será uma devassa e tanto. Depois do Petrolão, os mensaleiros ficaram com cara de amadores.
Quando chegar a hora do BNDES, os saqueadores da Petrobras talvez sejam rebaixados a aprendizes.
O País do Futebol não assusta mais ninguém. O que agora assombra o mundo é o País da Corrupção. No campo da roubalheira, o Brasil está pronto para golear qualquer rival.
16 de abril de 2015
Augusto Nunes
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