"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 17 de março de 2015

A PROPÓSITO DE UM TEXTO. SEMPRE A PROPÓSITO...

"O jornal “O Estado de S.Paulo” publicou editorial para condenar o processo de impeachment contra a presidente da República que pode ser desejado pela nação e lastrear-se em tentadora medida saneadora e de restauração da confiança nacional."
(...)
"tranquilidade é tudo o que os brasileiros precisam para amainar a crise política em que nos mergulharam e para debelar os descaminhos da desagregadora tempestade econômica em que nos meteram. "

Então tá... Como diz o articulista, devemos  estar tranquilos, para resolver a crise política do descaminho em que um bando de petralhas criminosamente organizados nos enfiaram...
Tranquilos, mesmo que um desmiolado apedeuta, aventureiro que valendo-se da penúria de desvalidos eleitores galgou inexplicavelmente o poder maior da República, para fazer uma das maiores desordens que Pindorama já assistiu em toda a sua história.
E olha que a história de Pindorama está cheia, entupida de grandes e memoráveis desordens, porém longe de qualquer tentativa de comparação com o que já assistimos e continuamos a assistir nestes tempos petistas...
Enquanto o imbecil e castrador projeto de poder dessa "elite" de falsos profetas, com suas visionárias promessas  de bem-estar social para um povo que sequer consegue enxergar o próprio umbigo, trama o poder absoluto, valendo-se da própria democracia que não respeitam, mas a usam com maestria, atribuindo-se o direito de dizer, agir  e acusar os que tentam contrariar  esse poder, que se coloca acima de qualquer  pensamento dissonante.
E ameaçar com "imaginários exércitos" numa tentativa de calar e sufocar qualquer  manifestação que contrarie o projeto maior do partido, cujo sonho totalitário  almeja ser único.
Não. Chegamos com o "15 do impeachment" a um locus irreversível. O que aconteceu, diante dos olhos do país, foi surpreendente e mostrou a cara de uma nação que já não acredita mais que possa sair alguma solução do poder constituído que aí está.
Não adianta vir com "mais-mais-mais" que a manifestação é inegociável. É impeachment! É basta de corrupção! Basta de descaso com a cidadania e seus direitos! Basta de demolir o patrimônio nacional! 
Com tranquilidade, sim, mas sem cadeira de balanço, olhando o tempo e esperando  que a horda alcance o que pretende. A manifestação quer interromper a caminhada para o "absolutismo", para o monólogo.
Já sabemos, diante dos pronunciamentos pós-protesto, que o poder se faz de surdo e cego, e apesar de terem entendido direitinho o que foi exigido, pintado em faixas e cartazes, tergiversam, arriscam ensaboar razões para ganhar tempo, mentindo com discurseiras, mesmo que os panelaços os ensurdeçam.
Mas não se trata de um espetáculo político, é manifestação, é protesto, é saco cheio de tanta sacanagem, de tanta esbórnia, de tanta desfaçatez.
Outras manifestações virão, com certeza! 
E o 'Princípio do Malandro', que a petralhada instituiu como regra ("E moralmente errado permitir aos otários ficarem com o próprio dinheiro"), chegou ao fim, pelas maõs do MP e da PF. E "nunca antes nesse país" se viu tanta gente "importante", tanta "celebridade" padecendo de cleptomania.
Enfim, deixamos de ser otários... 
m.americo

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