FALTA DE ACORDO SOBRE DÍVIDA DA GRÉCIA AMEAÇA ECONOMIA GLOGAL, DIZ OSBORNE
O ministro britânico das Finanças, George Osborne, advertiu nesta segunda-feira (2) que a falta de entendimento na zona do euro sobre a dívida da Grécia é “a maior ameaça à economia mundial”.
Osborne reuniu-se em Londres com o ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis. “Todas as partes devem agir com responsabilidade, mas também precisamos que a zona do euro adote um plano mais eficaz de criação de empregos e crescimento”, declarou o britânico.
O ministro das Finanças grego, do partido de extrema-esquerda Syriza, foi a Londres buscar apoio à renegociação da dívida grega de € 320 bilhões, considerada um peso e um freio à retomada do crescimento na Grécia. O novo governo de Atenas quer negociar até o final de maio um acordo global com o trio de credores do país, formado pelo FMI, a União Europeia e o Banco Central Europeu.
A ideia é atrelar o reembolso da dívida ao crescimento da economia, dando prioridade à retomada dos investimentos sociais. Nos últimos quatro anos, a Grécia aplicou dois programas de austeridade fiscal que, segundo as novas autoridades de Atenas, provocaram uma crise humanitária no país.
Depois de conversar com Osborne, o grego participa de um encontro com investidores organizado pelo Bank of America Meryll Lynch.
No domingo (1º), na primeira etapa de sua turnê europeia, Varoufakis esteve em Paris, onde ouviu o colega francês Michel Sapin dizer que uma renegociação é possível, mas um novo perdão da dívida está fora de cogitação.
Economista formado na Inglaterra e ex-professor da Universidade do Texas, Varoufakis insiste que Atenas não pode pagar a dívida do jeito que ela está sobre a mesa.
O governo grego ganhou um apoio inesperado: o presidente americano, Barack Obama, declarou ontem em entrevista à CNN que “não dá para continuar a pressionar países em plena depressão econômica”.
Obama defendeu uma estratégia de crescimento para os países endividados da zona do euro. Ele reconhece que a Grécia precisa de reformas, mas considera difícil exigir novos sacrifícios dos gregos quando o PIB do país recuou 25% em cinco anos. (Com RFI)
02 de fevereiro de 2015
ucho.info
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