Pressionada por Lula a refazer pontes com o PMDB, a presidente Dilma Rousseff fez no domingo um aceno ao vice-presidente Michel Temer, considerado o principal expoente do partido aliado. A petista destacou o perfil conciliador do peemedebista e o classificou como um “grande articulador de consensos na política brasileira”.
Dilma afirmou ainda que Temer “tem responsabilidades essenciais”, como o “auxílio na condução” de seu governo. O afago ocorre depois que a Folha publicou reportagem que tratava do distanciamento entre os dois.
Em nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência afirmou que as informações não tinham fundamento e que Dilma e Temer “mantêm uma aliança e amizade permanentes, para além das intrigas”.
Dilma nunca teve uma relação próxima com seu vice, mas a situação se agravou no início do segundo mandato, especialmente depois que Temer apoiou a candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerado desafeto do Palácio do Planalto, para a presidência da Câmara.
NA GELADEIRA…
Dilma e Temer só estiveram juntos acompanhados de outras pessoas em atividades institucionais. Desde a disputa pelo comando do Legislativo, o vice-presidente foi colocado na “geladeira” palaciana, motivando ataques, inclusive, entre peemedebistas.
Diante de um cenário turbulento na política e na economia, a presidente chegou a ser aconselhada pelo ex-presidente Lula a buscar entendimento com o Congresso e principalmente com o PMDB.
O petista procurou alertar o Planalto de que o governo precisa dos congressistas para conter a inflação e garantir a aprovação das medidas de ajuste fiscal propostas pela equipe econômica.
Há problemas com o PMDB na Câmara e no Senado que prometem dificultar a vida do governo com a aprovação de propostas com impacto nos cofres públicos.
Com os problemas da articulação política da equipe de Dilma com o Congresso, o vice-presidente decidiu oferecer um jantar nesta segunda-feira (23) ao ministro Joaquim Levy (Fazenda) e a cúpula do PMDB, numa tentativa de discutir as medidas do ajuste fiscal e abrir um novo canal de interlocução.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Dilma está tendo de engolir a arrogância. Depois de se humilhar diante de Lula, que na quinta-feira antes do Carnaval a obrigou a ir a São Paulo e lhe pedir desculpas, agora se vê obrigada a elogiar Temer e o PMDB, que a derrotaram fragorosamente na eleição da presidência da Câmara. Como diz o velho ditado, nada como um dia atrás do outro… (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Dilma está tendo de engolir a arrogância. Depois de se humilhar diante de Lula, que na quinta-feira antes do Carnaval a obrigou a ir a São Paulo e lhe pedir desculpas, agora se vê obrigada a elogiar Temer e o PMDB, que a derrotaram fragorosamente na eleição da presidência da Câmara. Como diz o velho ditado, nada como um dia atrás do outro… (C.N.)
24 de fevereiro de 2015
Deu na Folha
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