Prisão de prefeito de Caracas é alarmante, afirma a União Europeia
A União Europeia (UE) qualificou de alarmante a prisão do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, e pediu ao governo venezuelano respeito à liberdade de expressão e aos direitos fundamentais. Ledezma foi preso na última semana, sob acusação de conspirar contra o governo do presidente Nicolás Maduro e cometer crimes contra a paz, mais uma invencionice jurídica do substituto de Hugo Chávez no comando do país sul-americano que derrete em meio a uma grave crise econômico-institucional.
“A recente prisão do prefeito de Caracas e líder veterano da oposição, Antonio Ledezma, é motivo para alarme, assim como as informações sobre a suposta intimidação e maus-tratos de outros líderes da oposição na prisão e de estudantes que participaram dos protestos no ano passado”, afirmou o Serviço Europeu de Ação Exterior (Seae).
O Seae afirmou ainda que as autoridades do país têm que garantir que as acusações contra os detidos sejam investigadas rápida e imparcialmente, “com respeito ao princípio de presunção da inocência e seguindo os devidos trâmites legais”.
Preso na quinta-feira passada, Ledezma é um dos incentivadores do chamado “acordo de transição”, uma iniciativa considerada por Maduro como uma prova de conspiração. O Ministério Público decidiu que ele ficará detido até o tribunal responsável decidir se irá a julgamento.
O acordo, que também conta com o apoio de outros opositores – como a ex-deputada Maria Corina Machado e Leopoldo López, detido há um ano – pede a renúncia de Maduro, a fim de que a Venezuela possa dar um passo para a “reconstrução”.
Invasão a sedes do Copei
Nesta terça, o partido democrata-cristão Copei denunciou que pelo menos 12 das suas sedes foram tomadas por homens armados, no mesmo dia em que anunciou que subscreveria o “acordo de transição”.
A denúncia foi feita pelo presidente do Copei, Roberto Enríquez, que disse que o último ataque ocorreu em Caracas, onde vários militantes e simpatizantes ficaram retidos durante horas. Segundo ele, a polícia não respondeu aos chamados do partido. (Com agências internacionais)
24 de fevereiro de 2015
ucho.info
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